Blog

Delegado conta como ‘terrorismo islâmico’ se infiltra no Brasil


Antes, extremistas usavam o país como escala de viagem Passaram a adotar filhos de prostitutas para ficar no país Em seguida, seduziram brasileiros com ‘cantilena radical’ Agora, preparam daqui ações contra alvos no estrangeiro...

As revelações acima foram feitas pelo delegado Daniel Lorenz. Até o início de julho, ele era diretor de Inteligência da PF. Uma semana depois de deixar o posto, falou numa audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara.

A sessão fora convocada por Raul Jungmann (PPS-PE), presidente da comissão, com o propósito de esmiuçar a “atuação de membros de grupos terroristas” no Brasil. O repórter obteve, na semana passada, cópia da transcrição da audiência. Neste domingo (23), Jungmann levou a íntegra do texto ao seu blog.

Lorenz mediu as palavras –“Como a sessão é aberta, não vou detalhar esses assuntos”. Ainda assim, delineou um quadro revelador. Disse que a PF só passou a se preocupar com o terrorismo em 1995.

Desde então, o problema se agrava. Lorenz dividiu a encrenca em quatro ciclos. No início, o Brasil era usado por terroristas como escala de viagem. Hoje, disse o delegado, o país já serve de base para a preparação de ataques a alvos no exterior.

Vai abaixo um resumo das quatro fases descritas pelo delegado:

1. Primeiro estágio: Foi nessa fase que a PF se deu conta de que “extremistas” estrangeiros utilizavam o Brasil como escala de viagem. Passavam sobretudo pela região da tríplice fronteira (Brasil-Argentina-Paraguai).

Lorenz confirmou algo que já fora noticiado. Em 1995, “entrou pelo Rio de Janeiro e saiu por São Paulo” Khalid Shaikh Mohammed, que viria a se converter no terceiro homem na hierarquia da Al Qaeda. O terrorista passou por Foz do Iguaçu.

O delegado desculpou-se por não poder “tecer detalhes”. Mas deixou claro que Shaikh Mohammed não viera a passeio. “Ele esteve lá, evidentemente, não para tomar uma geladinha e nem para participar do Carnaval, muito menos das festas do final do ano”.

Preso no Paquistão em 2003, Shaikh Mohammed foi levado à prisão norte-americana de Guantânamo, acusado de participar dos ataques do 11 de setembro.

2. Segundo estágio: Extremistas passaram a se servir das facilidades da legislação brasileira para “legalizar” sua permanência no país. “Não vou me deter nos detalhes, não posso conversar sobre isso”, desculpou-se, de novo, Lorenz. Porém, detalhou:

“Eles buscam uma legalização no país por meio da [...] adoção à brasileira. Ou seja, tomar como seu o filho de outrem. Então, eles se aproximavam de mulheres de vida fácil, assumiam aqueles filhos e ganhavam a condição de permanência no Brasil. Isso aconteceu, isso é acompanhado, está sendo acompanhado e foi muito acompanhado por nós. Esse seria o segundo momento”.

3. Terceiro estágio: A PF descobriu que cidadãos brasileiros começaram a ser cooptados pelos “extremistas”. Encantaram-se, no dizer de Lorenz, com a “cantilena radical de que tudo é possível, de que se poderia, ao praticar um ato insano, terrorista, ter 72 virgens” no céu. Lorenz foi enfático: “Isso aconteceu, isso acontece”.

A certa altura, Jungmann perguntou se era verdade que brasileiros foram ao Irã para treinar táticas de terror. E o delegado: “[...] Posso lhe dizer que não somente ao Irã. Não somente. O senhor me desculpe, mas eu não poderia me estender [...]”.

4. Quarto estágio: É, por ora, “o último grau” da ação de “extremistas” em solo brasileiro. Envolve, segundo Lorenz, “a preparação” de ataques terroristas a alvos localizados no exterior. O delegado mencionou o caso do “Senhor K.”

Trata-se de um cidadão libanês residente em São Paulo. É casado com uma brasileira, com quem teve uma filha. Em maio, o repórter Jânio de Freitas revelara que K. fora preso, acusado de envolvimento com a Al Qaeda.

O ministro Tarso Genro (Justiça) apressara-se em dizer: "Não há nenhum foco terrorista organizado" no Brasil. O libanês K., disse ele, fora à garra pela prática de “racismo”. Lorota.

A PF enquadrara-o como racista porque a legislação brasileira não contempla o crime de terrorismo, explicou Lorenz na Câmara. Por isso teve a prisão relaxada depois de 21 dias de cana. A julgar pelo que disse o delegado, o caso do libanês K. nem seria o único. Lorenz expressou-se no plural:

“Temos a percepção desses estrangeiros que agora estão no Brasil e estão a executar não, evidentemente, ações extremistas no país, mas, a exemplo do que foi o Sr. K, iniciando ações de recrutamento, apoio, treinamento, logística e reconhecimento para ações terroristas ainda fora do país”.

Acrescentou: “Utilizam nosso país como um local tranquilo. A partir dele, saem e vão ajudar essas organizações extremistas, notadamente, nesse caso [do Sr. K.], a Al-Qaeda”. Segundo Lorenz, o libanês K. agia na internet. Seus arquivos eram criptografados. Mas a PF logrou acessá-los, remotamente, nos instantes em que, manuseados pelo autor, estavam abertos. Ouça-se Lorenz:

“Esse Sr. K. tinha duas lan houses em São Paulo e coordenava o que chamamos de batalhão de mídia da Jihad. Inicialmente, aquilo que era somente um proselitismo da causa defendida pela Al Qaeda transformou-se num espaço para recrutamento, apoio, treinamento em comunicações e segurança operacional, um local de apoio e também um local de onde emanavam o que eles chamavam de ordens de batalha para ações fora do país”.

A exposição de Lorenz contrastou com declarações feitas pelo ministro Jorge Félix (Segurança Institucional da Presidência). Também convidado para a audiência na Câmara, o general minimizou a ação de extremistas em solo brasileiro.

O próprio Félix, porém, reconheceu: “[...] Mesmo que apareça algum problema [relacionado ao terrorismo], vamos resolvê-lo — essa é uma atribuição e uma competência nossa — e não vamos admitir que o problema existiu”. Ou seja, nessa matéria, o que general afirma não dever ser tomado a sério.

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2009-08-23_2009-08-29.html#2009_08-24_05_41_07-10045644-27

As Divisões da Igreja de Corinto – Retrato de Hoje


Apesar de ser uma igreja que se via como espiritual (1 Coríntios 3.1) e de ser voltada para a busca de dons carismáticos (1 Coríntios 12.31; 14.1; 14.12), a igreja de Corinto estava na iminência de dividir-se em pelo menos quatro pedaços. Paulo, ao escrever-lhes, menciona que tem conhecimento de quatro grupos dentro da comunidade que ameaçavam a sua unidade: os de Paulo, os de Pedro, os de Apolo e os de Cristo (1 Coríntios 1.11-12). A igreja de Corinto, com seu espírito faccioso e divisionista, a despeito de sua pretensa espiritualidade, ficou na história como um alerta às igrejas cristãs de todo o mundo, registrado na carta que Paulo lhes escreveu. Para aprendermos a lição, devemos primeiramente entender o racha que estava por acontecer naquela igreja. E não é um desafio fácil determinar com relativa certeza a natureza e identificação de cada um dos grupos mencionados por Paulo em 1 Coríntios 1.12.

Uma explicação popular é a dos partidos teológicos. Para alguns estudiosos, os aderentes de Pedro, Paulo e Apolo haviam-se agrupado em torno das suas doutrinas distintas, formando uma divisão rígida dentro da igreja. Estes grupos se caracterizavam por manter as ênfases doutrinárias características daqueles líderes. Geralmente se ouve falar que os de Pedro mantinham um Cristianismo judaico rígido e intolerante, até meio legalista; que os de Paulo eram mais abertos, enfatizando a salvação pela fé sem as obras da lei, e que os de Apolo seguiam a hermenêutica alegórica do eloqüente alexandrino. A realidade é que não há qualquer indício em 1 Coríntios 1-4 da existência de partidos teológicos. A relação entre a teologia dos líderes favoritos e a formação destes partidos em torno de seus nomes é altamente especulativa.

O que se percebe é que havia a escolha pessoal de cada coríntio de um líder favorito, de quem ele se vangloriava de ser discípulo (1 Coríntios 1.12; 3.21). As contendas se davam porque cada um deles afirmava que seu eleito era o melhor (3.21, 4.6). Percebemos ainda que existe uma relação estreita entre o apego à filosofia grega e a formação dos partidos em 1 Coríntios 1-4. Os slogans “eu sou de...” soam como culto à personalidade, um erro no qual crentes neófitos e imaturos caem com freqüência. No caso dos coríntios em particular, esse culto à personalidade tinha recebido um impulso adicional da sua tendência, como gregos, de exaltar os mestres religiosos ao status de theioi anthropoi, homens possuindo qualidades divinas. As principais escolas filosóficas da Grécia costumavam invocar o nome de seus fundadores e principais mestres. Esse costume poderia explicar a vanglória dos coríntios em seguir Paulo, Pedro, Apolo e mesmo o Mestre de todos, Cristo.

Os slogans usados pelos coríntios (“eu sou de...”) ratificam esse ponto. O problema tinha a ver com a tendência comum de alguns crentes de venerar líderes cristãos reconhecidos. Com exceção de Cristo, os nomes escolhidos pelos coríntios são de um apóstolo (Pedro e Paulo) ou de alguém associado com eles (Apolo): Paulo era o fundador apostólico da igreja (4.15); Apolo, por sua vez, embora não considerado no Novo Testamento como um apóstolo, era um pregador eloqüente e tinha desenvolvido um ministério frutífero entre os coríntios, depois da partida de Paulo (3.6, cf. At 18.24-28, 19.1); E Pedro era o conhecido líder dos apóstolos, e muitos possivelmente teriam sido atraídos a ele, embora não seja certo que alguma vez ele haja visitado a igreja de Corinto.

Os “de Cristo” são notoriamente difíceis de se identificar. Embora a escolha do nome de Cristo tenha sido possivelmente uma reação ao partidarismo em torno de nomes de homens, os seus aderentes nada mais são que outro partido. Eles se vangloriavam de que seguiam a Cristo somente, e não a homens, mesmo que estes fossem apóstolos. Paulo os teria criticado pela forma facciosa com a qual afirmavam esta posição aparentemente correta. É provável que os membros do partido “de Cristo” eram os mesmos “espirituais”, um grupo na igreja que se considerava “espiritual” (cf. 3.1; 12.1; 14.37). Para eles, o conceito de ser “espiritual” estava relacionado com o uso dos dons espirituais, principalmente de línguas e de profecia. Este grupo, por causa do acesso direto que julgava ter a Deus, através dos dons, teria considerado desnecessário o ministério de Paulo, tinham-no em pouca conta, e mesmo queriam julgar a sua mensagem (1 Coríntios 4.3; 4.18-21; 8.1-2; 9.3). Esse seria o grupo “de Cristo,” cujos membros (em sua própria avaliação) não dependiam de homem algum, mas somente e diretamente do Senhor, através dos dons. Paulo faz pouco caso das suas reivindicações, e considera a igreja toda como sendo “de Cristo” (cf. 3.23; 2 Coríntios 10.7).

É o próprio Paulo, entretanto, quem nos revela a causa interna principal para as divisões entre os coríntios: eles ainda eram carnais (1 Coríntios 3.1-4; cf. Gálatas 5.20). Esta carnalidade, embora deva ser interpretada primariamente como imaturidade, em contraste aos “maduros” ou “perfeitos” (1 Coríntios 2.6), carrega uma conotação ética, como a expressão “andar segundo os homens” (1 Coríntios 3.3) indica.

Podemos concluir que os partidos de Paulo, Apolo, Cefas e Cristo, que estavam rachando a igreja de Corinto, não eram partidos teológicos, isto é, aglutinados em torno da suposta teologia de cada um destes nomes. Mais provavelmente, os partidos se formaram a partir das preferências pessoais dos coríntios individualmente, tendo como impulso a sua imaturidade, sua carnalidade, e sua tendência, como gregos, de exaltar mestres religiosos. O partido de Cristo, por sua vez, havia se formado por outro motivo, a enfatuação religiosa produzida pelos dons carismáticos.

A situação triste da igreja de Corinto nos fornece um retrato do espírito divisivo que ainda hoje permeia as igrejas evangélicas. É um texto básico para ser pregado e ensinado nas igrejas e seminários. Embora haja momentos em que uma divisão seja necessária (quando, por exemplo, uma denominação abandona as Escrituras como regra de fé e prática), percebemos que as causas do intenso divisionismo evangélico no Brasil são intrinsecamente corintianas: imaturidade, carnalidade, culto à personalidade, orgulho espiritual, mundanismo. Nem sempre os líderes são culpados do culto à personalidade que crentes imaturos lhes prestam. Paulo, Apolo e Pedro certamente teriam rejeitado a formação de fã-clubes em torno de seus nomes. De qualquer forma, os líderes evangélicos sempre deveriam procurar evitar dar qualquer ocasião para que isto ocorra, como o próprio Paulo havia feito (1 Coríntios 1.13-17). Infelizmente, o conceito de ministério que prevalece em muitos quartéis evangélicos de hoje é exatamente aquele que Paulo combate em 1 Coríntios.

Augustus Nicodemus Lopes é pastor presbiteriano. É bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (Recife), mestre em Novo Testamento pela Universidade Reformada de Potchefstroom (África do Sul) e doutor em Interpretação Bíblica pelo Westminster Theological Seminary (EUA).

Artigo enviado por email.
Este artigo foi enviado por email. Depois avaliado pelo CACP e aprovado para publicação. Lembrando que cada autor é responsável pelo seu artigo. Os artigos não expressam necessariamente a opinião do CACP.

Direitos Reservados - CACP© - Centro Apologético Cristão de Pesquisas - 1998-2008

A omissão da mídia sobre o acordo com o Vaticano


A omissão da mídia sobre o acordo com o Vaticano

É grave e clamoroso o silêncio da imprensa em relação à assinatura do acordo entre o Executivo brasileiro e a Santa Sé. Como é grave a atitude de, ao dar a matéria, meramente divulgar informações oficiais do governo brasileiro ou do Vaticano, que obviamente tentam minimizar a ameaça à laicidade do Estado, que está presente. Não fosse por outro motivo, seria de se esperar atenção da imprensa, pelo vigor renovado das reações de tantos setores, a cada nova ameaça ao Estado laico.

É bom lembrar que há exatos dois anos tornou-se público que a Santa Sé pressionava o presidente Lula para assinar um acordo bilateral (tratado ou concordata), ameaçando o princípio da laicidade, o que ocasionou reações fortes e justificadas de amplos setores. Em continuidade a movimento que remonta aos primórdios da República, são pessoas de muitas e diversas origens que têm se dedicado a demonstrar e reafirmar como o princípio da laicidade do Estado é indissolúvel da democracia, como consagrado na Constituição brasileira.

Mera reprodução

Ora, a opinião pública merece respeito e à imprensa cabe cumprir seu papel de informar, em particular quando o gesto que é político – como reconhecido, em busca de seu próprio benefício, pela Santa Sé – ameaça a liberdade de consciência e de crença dos pertencentes a outros grupos ideológicos e religiosos. O silêncio da imprensa há de ser tomado como presumidamente auto-imposto, já que não se pode imaginar que tipo de pressão as partes contratantes do acordo poderiam fazer, estando, como estamos, em uma democracia.

Vale mencionar, primeiramente, que o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, fez anúncio da viagem do presidente a Roma, "a caminho de Washington". Era 6 de novembro, uma semana antes da data agendada para a assinatura, ou seja, com tempo apertado, porém suficiente, para explorar o anunciado. Assim, seria de se esperar o debate pela imprensa, em particular por toda a polêmica em ocasiões anteriores em que o tema veio à tona, fosse diretamente, ou por riscos a que se viu exposto o Estado laico, como no caso da pesquisa com células-tronco.

Mas houve até veículos que simplesmente suprimiram o anúncio da assinatura do acordo, mencionando apenas que, "durante o encontro, Lula e Bento 16 podem discutir temas como combate à fome, direitos humanos e solidariedade entre os povos". Outros, como o UOL, ofereceram, sem destaque, o anúncio completo: "Na reunião reservada com o papa, Lula deve assinar um tratado com o Vaticano sobre a atuação da Igreja Católica no Brasil"; recortaram em particular a fala do porta-voz da Presidência: "O importante é que o acordo preserve o preceito constitucional de liberdade religiosa. Não será discutido credo, mas os direitos e deveres da entidade religiosa." Ponto final, sem críticas, "outros lados", ou quaisquer análises, mera reprodução da Agência Brasil.

Falha imperdoável

Pode-se até entender a posição do porta-voz de, no anúncio, tentar neutralizar a polêmica, buscando garantir que estariam assegurados os direitos de todos, o que ganhava relevância em face de ser a primeira vez que clara e oficialmente era assumida pelo governo a existência de negociações antigas, como dado no UOL: "Segundo Baumbach, o Brasil e o Vaticano negociam há alguns anos a redação de um documento sobre a relação entre os dois países".

É sabido que diferentes ministérios do governo federal foram chamados a se manifestar sobre a proposta do Vaticano em diferentes rodadas ao longo desses anos; ou seja, não foi gesto isolado do presidente, que bem poderia ter tido e ouvido algum de seus colaboradores a aconselhar a abertura do debate, que só teria a ganhar vindo à luz, protegendo a autoridade republicana da pressão indevida. Mas não foi assim, não sendo possível compreender como a imprensa não rastreou o processo. Sabe-se ainda que são fortes as pressões da Santa Sé reivindicando sigilo nas negociações, como chegou a ser anunciado em 2007, quando da visita do papa ao Brasil.

Por isso, não surpreende que o presidente Lula tenha sido "convidado" a assinar esse documento longe dos olhos do Brasil. Já com o presidente de Portugal havia sido usado esse artifício em 2004, para assinar, no Vaticano, em sigilo, uma concordata, lá noticiada apenas a posteriori. Essa estratégia é da Igreja Católica que, como qualquer instituição humana, procura fazer valer seus interesses; aceitá-la, é problema do governo, atitude questionável, mas do mundo da política; calar e não investigar é falha imperdoável da imprensa.

Sem ouvir nem informar

Ou seja, paradoxalmente, mesmo sob pressão, quem até tentou avisar foi o presidente – de forma limitada, no último momento, mas avisou. Por isso é impossível compreender por que a imprensa se furtou ao debate, quando houvera o anúncio por parte do Palácio do Planalto daquela agenda, ainda que de última hora. Seria o tempo para informar a opinião pública, oferecer debates, dados técnicos sobre o que são acordos bilaterais, peculiaridades da Santa Sé como Estado, a diferença entre a questão política e as questões de crença, o que poderia significar frente à ordem constitucional brasileira, em que afetaria ou não afetaria a vida da cidadania em geral etc.

Haveria a oferecer ao público o aporte do amplo arco de grupos que se mobiliza em favor da laicidade do Estado. A representatividade e força desses setores é sua profunda heterogeneidade, sem qualquer centralização ou hierarquia, indicadora das múltiplas e diversas manifestações da pluralidade humana, base da democracia, como tanto indicaram cientistas políticos e filósofos como Arendt e Bobbio e outros. A imprensa nem se serviu dessas fontes para analisar e, antes ainda, nem informou, deixando igualmente de servir a todos e de cumprir sua missão.

Carta-manifesto

Já na ocasião da visita do papa Bento 16 ao Brasil, em 2007, a cobertura da imprensa deixara a desejar. Naquela oportunidade, a maior parte da imprensa adotou atitude que extrapolava o respeito e a atenção – naturalmente devidas - à significativa e respeitável população católica no Brasil, para adotar cobertura que ignorou a pluralidade religiosa e o caráter laico do Estado brasileiro. Ali, a imprensa foi positivamente surpreendida pelo gesto do presidente Lula, que naquele momento teve coragem para cumprir seu juramento de defesa da Constituição brasileira e reafirmou a laicidade diretamente ao papa Bento 16, dizendo que não assinaria qualquer acordo bilateral, por ser o Brasil um Estado laico. Alberto Dines destacou no OI a contradição entre uma imprensa recolhida e o presidente assertivo.

Não fosse por outro motivo, desta vez seria de se esperar que a imprensa perguntasse ao presidente Lula: o que mudou, em 18 meses, que tornou possível assinar o acordo? Não seria de se esperar que a imprensa pedisse acesso ao documento, antes da assinatura, para submeter a análises e confirmar, ou não, as assertivas de que não haveria riscos à separação entre Estado e religiões? Ou, no caso, riscos à separação entre o Estado e especificamente a Igreja Católica Romana, que vigora desde o início da República, por ser matéria de interesse de todos?

Ao invés disso, o silêncio auto-obsequioso foi quase total: a CBN abriu espaço para o debate antes da assinatura do acordo (com base em notícias de jornais de outros países), como alguns veículos independentes, blogueiros isolados ou de instituições. A ONG "Católicas pelo Direito de Decidir" lançou uma carta-manifesto repercutida por diversas ONGs ligadas ao movimento de mulheres, e que não recebeu atenção da mídia para uma posição relevante que demonstra que entre os próprios católicos não há, felizmente, expectativa unânime de que o Estado brasileiro abdique da laicidade para se submeter a um grupo religioso.

Retrocesso, uma ameaça

Mais constrangedor ainda foi brasileiros e brasileiras precisarem consultar jornais estrangeiros, na internet, como o argentino Clarín, entre outros, que a partir do dia 9 de novembro detalharam aspectos do acordo, ouvindo fontes em geral não identificadas, trouxeram informações relativas a coletivas de que participou o presidente Lula em Roma, com o presidente italiano, em que o tema do acordo com o Vaticano foi abordado, deixando a impressão de que os veículos brasileiros sequer tinham correspondentes em Roma.

Como reagir à situação de o mundo discutir uma interpretação da vida brasileira que não teríamos jamais em vista, pelo absurdo, como a idéia de que o acordo protegeria a Igreja Católica até de mudanças na lei brasileira? Ou mesmo informações da presença de itens que, de fato, "caíram" na versão final do acordo? Ou com interpretação distinta dos termos depois anunciados, como prenúncio de próximas pressões?

Resta esperar que, já assinado o acordo, a imprensa cumpra seu dever, ainda que tardiamente, impulsionando o debate porque há ainda o que fazer. Basta ler o artigo 20, que implicitamente traz a exigência constitucional, no lado brasileiro, de que seja ratificado pelo Congresso Nacional. Que a omissão não permaneça como a marca histórica da imprensa neste momento tão crítico em que a República, em seu 119º aniversário, é ameaçada de retrocesso em séculos.

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=512JDB002

Por Roseli Fischmann

Artigo enviado por email.
Este artigo foi enviado por email. Depois avaliado pelo CACP e aprovado para publicação. Lembrando que cada autor é responsável pelo seu artigo. Os artigos não expressam necessariamente a opinião do CACP.

Direitos Reservados - CACP© - Centro Apologético Cristão de Pesquisas - 1998-2008

Começou dia 21 o Ramadã, período de jejum muçulmano


MUNDO MUÇULMANO - De 21 de agosto a 19 de setembro de 2009, 1 bilhão de pessoas que professam o islamismo estarão envolvidas em uma das principais festas religiosas praticada pelos muçulmanos: o jejum do Ramadã.

O Ramadã é um feriado não fixo que se movimenta a cada ano e se localiza no nono mês do calendário muçulmano. Acredita-se que no mês do Ramadã o Alcorão sagrado foi enviado do céu como uma orientação aos homens e como um meio de sua salvação. É durante este mês que os muçulmanos jejuam. O Ramadã é um período quando os muçulmanos se concentram na sua fé e gastam menos tempo nas suas preocupações cotidianas. É um período de adoração e contemplação.

Dentre os cinco pilares do islamismo, o Ramadã é aquele que inspira maiores cuidados por parte da Igreja Perseguida. Esse jejum é um dos pilares mais obedecidos pelos muçulmanos. Durante esse período há uma grande preocupação quanto ao desenvolvimento espiritual. É por causa disso que os cristãos oram para que esses muçulmanos tão ávidos na busca encontrem o verdadeiro Deus e conheçam Jesus Cristo.

Missão Portas Abertas

Polícia interrompe culto e prende dois cristãos (China)




CHINA - No dia 13 de agosto de 2009, diversos policiais invadiram uma comunidade de cristãos na cidade de Sanggu, em Henan, e amarraram os irmãos Li Guangren e Zheng Xincai. Os policiais interromperam o culto e sem nenhuma justificativa legal prenderam Li e Zheng, e os levaram em dois veículos.

Um correspondente internacional da rádio Free Asia entrou em contato com um membro da igreja não registrada para uma entrevista pelo telefone, para poder verificar as informações sobre o ataque. Nervoso com as prisões ilegais, o cristão chinês entrevistado foi contra a ação dos policiais, dizendo que essas violações de privacidade e liberdade são errôneas e injustas. Oficiais chineses monitoraram a ligação, e usaram-na como evidência para prender e condenar os dois cristãos, sob acusações de “atividades sociais ilegais”.

Na sexta-feira, 14 de agosto de 2009, o Escritório de Segurança Pública em Xiayi condenou Li Guang-ren e Zheng Xin-cai a 10 dias de detenção administrativa cada, e uma multa de 1.000 yuans.

Bob Fu, presidente da China Aid, denuncia a perseguição aos cristãos em Henan e pede para que os oficiais absolvam os irmãos Li e Zheng imediatamente.

Fonte: China Aid Association

A Doutrina da Igreja Católica Romana Apresenta Seus Sacerdotes Como um Outro Cristo

O catecismo apresenta o sacerdote católico romano como um "outro Cristo", algo que a Bíblia condena e proíbe. O próprio Jesus Cristo advertiu sobre um tempo em que apareceriam falsos cristos.

"O padre é de fato um outro Cristo, ou de algum modo, ele mesmo é a continuação de Cristo." (Papa Pio XI, Encíclica Sobre o Sacerdócio)
O catolicismo romano realmente ensina que o sacerdote funciona na Terra como outro Jesus Cristo, como mostram essa citação do papa Pio XI e a gravura acima. Essa revelação é condenável, pois a Bíblia proíbe que sigamos um "outro Cristo!" Olhe atentamente para a gravura. No alto, vemos Jesus Cristo com o manto de um sacerdote católico romano, intercedendo a Deus Pai, que é mostrado dentro do pagão triângulo eqüilátero. Então, abaixo da nuvem, vemos o verdadeiro e humano sacerdote católico romano, recebendo a intercessão dada por Jesus Cristo, que é passada então adiante para os paroquianos.
Essa gravura faz muito mais do que apenas retratar a crença católica de que o padre está trabalhando a favor deles, recebendo poder e autoridade diretamente de Jesus; ela descreve o ensino de que o padre humano é um "outro Cristo", como dizem os escritos no lado esquerdo da gravura. O próprio Jesus nos advertiu, em Mateus 24, que, no fim dos tempos, muitos "outros cristos" apareceriam, reivindicando ser o Cristo:
"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos." [Mateus 24:4-5]
Observe que Jesus imediatamente declarou que essas afirmações causariam grande decepção e teriam êxito em enganar a muitos. Você consideraria que os fiéis católicos romanos, um bilhão de pessoas, constituem "muitos?" Além disso, eu consideraria os muitos milhares de padres como "muitos" cristos. Assim, em ambos os lados da moeda, esse ensino católico romano qualifica-se como um cumprimento dessa profecia referente ao fim dos tempos de Jesus.
Agora, vamos examinar outro exemplo no qual Jesus Cristo alertou que muitos "Cristos" apareceriam:
"Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis." [Mateus 24:23-26]
Jesus estava advertindo aqui que, no fim dos tempos, surgiriam muitos falsos Cristos, reivindicando ser o próprio Jesus. Esse falso ensino é exatamente essa doutrina do romanismo! Além disso, Jesus está dizendo que esses muitos falsos Cristos apareceriam em muitos lugares e demonstrariam grande poder e autoridade. Mais uma vez, é exatamente o que esse ensino romanista cumpre.
Finalmente, Jesus advertiu que esses falsos Cristos apareceriam em diversos lugares, desde as expansões abertas do deserto até nos recintos fechados de um local secreto. Onde quer que ouçamos falar de uma pessoa que afirma ser Cristo, somos ordenados a ignorá-la e não acreditar nela!
Observe também que esses falsos Cristos serão muito convincentes. Eles persuadirão muitas pessoas da validade das suas alegações de serem um outro Cristo. Veja as exatas palavras de Jesus: "se possível fora, enganariam até os escolhidos." Se o Espírito santo não estivesse trabalhando nos corações e mentes dos verdadeiros crentes, até mesmo eles seriam enganados. O corolário dessa advertência é que todos os incrédulos serão enganados pelos falsos Cristos. Esse alerta deveria soar clara e ruidosamente nos ouvidos espirituais de todos os católicos romanos devotos à medida que eles consideram esse abominável ensino que os padres são um "outro Cristo". A simples fraseologia desse ensino deveria fazer você entender essa verdade.
Finalmente, precisamos considerar que Jesus Cristo, o Messias, é sinônimo com a Sua Palavra. Ouça as palavras do apóstolo João: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." [João 1:1] Aqui, lemos a verdade que o Verbo de Deus é Deus! Esse ensino é impressionante e deveria fazer com que as pessoas tivessem grande cuidado com a forma como manuseiam a Palavra de Deus. Em artigos passados, escrevemos bastante acerca das muitas advertências de Deus contra o acréscimo ou remoção de Sua Palavra. Agora, sabemos por que Deus foi tão inflexível contra alterações em Sua Palavra; o Verbo é Deus!!
Então, alguns versos depois, João torna ainda mais claro quem era esse Verbo, de que parte da Trindade o Verbo é. Veja: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." [João 1:14] O Verbo se fez carne; isto significa que o Verbo [ou a Palavra] é o próprio Jesus Cristo!
Isto significa que o padre que reivindica ser um "outro Cristo" também está reivindicando ser a Palavra de Deus! Esse fato é muito interessante, pois explica por que a ICAR tem constantemente inventado novos ensinos nos últimos 1700 anos.
Datas-Chave na Evolução da Doutrina da Igreja Católica Romana
• 300 - Orações em favor dos mortos.
• 300 - Fazer o sinal da cruz.
• 600 - Culto em latim.
• 700 - Por volta deste ano o catolicismo romano começou a matar e a torturar os heréticos, dando início à Inquisição. Esses heréticos eram pessoas que criam nos antigos mistérios egípcios e na restauração desse sistema de crenças, conhecido como gnosticismo e hermetismo.
• 754 - Poder político e temporal do papa.
• 788 - Adoração à Maria e aos santos.
• 788 - Adoração à cruz, às imagens e às relíquias.
• 858 - A Doação de Constantino.
• 965 - Batismo dos sinos (NT: Cerimônia de benzer os novos sinos, para consagrá-los ao serviço)
• 998 - Jejum nas sextas-feiras e durante a Quaresma.
• 1000 - Criação da água benta.
• 1090 - Oração usando o rosário.
• 1123 - Celibato forçado para os padres.
• 1190 - Venda de indulgências.
• 1215 - Transubstanciação da hóstia.
• 1215 - Confissão auricular dos pecados ao sacerdote.
• 1303 - A Igreja Católica Romana como a única Igreja Católica (Universal).
• 1438 - Proclamação do purgatório.
• 1545 - A tradição é declarada igual em autoridade com a Bíblia.
• 1545 - Justificação pelas boas obras e não exclusivamente pela fé.
• 1545 - Os livros apócrifos são adicionados à Bíblia.
• 1854 - Imaculada conceição de Maria.
• 1870 - O papa católico romano perde o poder secular sobre a maior parte da Europa Ocidental, chamada de Estados Papais.
• 1870 - O papa Pio IX convocou o Concílio Vaticano I. O assunto principal na pauta era a infalibilidade do papa. "Depois de um lóbi muito intenso e uma certa pressão nada cristã, o papa sofreu uma grande derrota moral quando dos mais de mil bispos com direito a participar do Concílio, somente 451 votaram pela infalibilidade. Todavia, por uma estratégia de politicagem e ameaças, todos os dissidentes, exceto dois, deixaram Roma antes que uma votação final fosse realizada. No último encontro do Concílio, no dia 18 de julho de 1870, foi decidido por 533 votos a 2 que o papa era infalível ao definir uma doutrina concernente a fé ou à moral."
• 1950 - Doutrina da ascensão de Maria.
[Nota: Todas as informações acima foram retiradas de Secrets of Romanism, de Joseph Zacchello, Loizeau Brothers, Nova York, 1958, Quinta Edição, exceto a informação sobre o início das perseguições aos heréticos. Essa informação foi retirada de um autor secular, The Magic of Obelisks, de Peter Tompkins, Harper & Row Publishers, Nova York, 1981, pg 55.]
Achamos altamente instrutivo que algumas das mais importantes doutrinas católicas romanas, como a Infalibilidade Papal e a Ascensão de Maria, não foram "reveladas" até 1870 e 1950, respectivamente. Como poderia um Deus tão amoroso e benevolente manter essas importantes "doutrinas" escondidas dos fiéis por mais de 1.500 anos?
Antes da declaração em 1123 de que os padres deveriam ser celibatários, os sacerdotes católicos romanos podiam se casar e constituir famílias. Como poderia a Palavra de Deus, que a Bíblia declara ser eterna, mudar tanto durante um período de tempo? A resposta é que a Palavra de Deus nunca muda, razão pela qual Deus finalizou a revelação da Sagrada Escritura após a era dos apóstolos. Deus queria que o Seu povo, que vivesse após a era apostólica, tivesse o benefício de uma Escritura imutável.
Essa doutrina nos dá uma "âncora para nossas almas." Mas, o catolicismo romano não oferece nenhuma âncora semelhante para seus fiéis. Alguns papas revogaram os decretos de papas anteriores e concílios regovaram os decretos de Concílios anteriores. Para mim e minha família quero a âncora segura de um Evangelho imutável.
Finalmente, vamos rever a advertência que o apóstolo Paulo fez contra a propagação do "outro Evangelho." Considerando que Jesus Cristo é sinônimo com a Sua Palavra, Ele também é sinônimo com o Seu evangelho. O termo, evangelho, no grego original, significa literalmente "boas novas", as boas notícias do simples Plano de Salvação bíblico. Veja a luta do apóstolo Paulo contra aqueles que estavam tentando ensinar "outro evangelho" às igrejas de seu tempo:
"Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema." [Gálatas 1:6-9]
Achamos muito interessante que aqueles falsos Cristos nos dias de Paulo, que pregavam um "outro Evangelho", receberam a revelação desses falsos ensinos de "anjos", seres que se assemelhavam a anjos do céu. É claro que Satanás é o grande enganador, que pode se transformar do feio demônio que é, para o aspecto de um belo ser angelical, de modo a poder enganar a humanidade. Os demônios de Satanás podem fazer o mesmo. Lembre-se deste fato quando você considerar as muitas aparições sobrenaturais que vêm ocorrendo no mundo neste fim dos tempos. Veja a advertência de Paulo: "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras." [2 Coríntios 11:14-15]
O apóstolo Paulo estava dizendo literalmente que todos esses ministros, que propagam falsos evangelhos devem ser "amaldiçoados". A palavra literalmente significa "ir para inferno". Certamente, o "outro evangelho" propagado pela Igreja Católica Romana abundantemente merece este tipo de condenação. Em vez do plano simples de salvação por meio de Jesus Cristo somente e fé em Sua grandiosa graça, a Igreja Católica Romana o substituiu por um sistema muito complexo que pretende salvar, mas nunca poderá salvar. A doutrina católica romana substitui esse simples Plano de Salvação para uma salvação baseada em:
1. Sacramentos.
2. Oração a pessoas mortas - à Virgem Maria e aos santos.
3. Veneração às relíquias.
4. Jejuns nos dias sagrados.
5. Aspersão com "água benta".
6. Rezas usando o rosário [Mateus 6:7-8: "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles." Jesus verdadeiramente acertou na mosca. Os pagãos inventaram o rosário e rezam por meio dele. Fazemos um alerta enérgico acerca de todo o paganismo que a Igreja Católica Romana inseriu em suas doutrinas! O próprio fato de rezar usando o rosário de origem pagã deveria servir de um grande sinal vermelho para você, dizendo que algo está fatalmente errado.
7. Confiança na suposta capacidade de sacerdotes humanos perdoarem os pecados.
8. Confiança que o ridículo escapulário poderá assegurar a salvação. [Leia o artigo RC110]
9. Confiança em um papa "infalível" e nas suas indulgências.
10. Confiar que as boas obras poderão salvá-lo.
Todo esse sistema de "salvação" se desenvolveu ao longo dos últimos 1.600 anos e obscurece completamente a verdade simples do evangelho de Jesus Cristo. De 1550 a 1850, mais de 8 milhões de protestantes deram suas vidas para defender o simples evangelho bíblico contra a arremetida da Igreja Católica Romana.
Veja novamente a gravura no início deste artigo e permita que as palavras de Jesus, advertindo sobre os "outros Cristos" ressoem em seus ouvidos. Entenda que o contexto da advertência de Jesus é o fim dos tempos, o período em que vivemos hoje. Permita também que as advertências do apóstolo Paulo ressoem no seu coração, advertindo-o acerca do "outro evangelho".
Sua alma eterna é muito preciosa para se perder. Volte-se agora à verdade do evangelho de Jesus Cristo. Vá para a nossa Página de Salvação agora, para aprender como verdadeiramente receber a salvação eterna. O tempo está se tornando curto.
________________________________________

Você está preparado espiritualmente? Sua família está preparada? Você está protegendo seus amados da forma adequada? Esta é a razão deste ministério, fazê-lo compreender os perigos iminentes e depois ajudá-lo a criar estratégias para advertir e proteger seus amados. Após estar bem treinado, você também pode usar seu conhecimento como um modo de abrir a porta de discussão com uma pessoa que ainda não conheça o plano da salvação. Já pude fazer isso muitas vezes e vi pessoas receberem Jesus Cristo em seus corações. Estes tempos difíceis em que vivemos também são tempos em que podemos anunciar Jesus Cristo a muitas pessoas.
Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.
Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza de que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser saber como nascer de novo, vá para nossa Página da Salvação agora.
Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia a dia.

O Novo Espiritísmo


A revista Época publicou em 03de Julho de 2006, em sua edição 424, p. 66-74, uma reportagem de capa intitulada "O Novo Espiritismo"

A revista afirma que esse novo espiritismo no Brasil tem o rosto da top model Raica Oliveira, namorada do craque Ronaldo.

É um espiritismo que se distancia dos copos que se movimentam sozinhos sobre mesas brancas, das operações com canivete e sem anestesia do médium Zé Arigó e as sessões de exorcismo coletivo.

Segundo a revista, esse novo espiritismo procura apresentar um lado menos místico e mais racional.

O espiritismo vem crescendo, principalmente entre os jovens de classe média. No site de relacionamentos Orkut já existem 366 comunidades sobre "espiritismo" e outras 808 quando se busca a palavra-chave "espírita".

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) calcula que o espiritismo tem 20 milhões de adeptos no Brasil, sem contar os que o professam como segunda religião. Além de Raica Oliveira, a revista cita outras celebridades que aderiram ao espiritismo: a atriz Cleo Pires, que herdou a fé de seu pai, Fábio Júnior e o tenista Gustavo Kuerten.

Como explicar a adesão da classe média brasileira ao espiritismo? De acordo com o artigo, há três razões principais. A primeira razão é que a doutrina espírita se baseia num conjunto de idéias muito bem sistematizado, sendo, portanto, passível de aceitação racional.

O artigo informa que quando Allan Kardec codificou a doutrina espírita, deu-lhe um revestimento científico. Essa roupagem racional garante o sucesso do espiritismo no mundo moderno.

É o que afirma o presidente da Federação Espírita Brasileira, Nelson Masotti: "Razão e fé não estão em pólos opostos. Cremos em algo lógico, não místico. Seria difícil seguir uma religião que não estimula a discussão e o conhecimento".

A segunda razão é a flexibilidade da doutrina espírita. Os novos adeptos desse novo espiritismo são avessos aos fundamentalismos, hierarquias, exigências na atitude, na forma de se vestir ou cobrança financeira. Em outras palavras, os adeptos não querem se envolver com uma fé que exija compromissos, e entre eles, o financeiro.

A terceira e principal razão para o sucesso do espiritismo no Brasil é a forma como a sua doutrina trata a questão da morte. Segundo Allan Kardec, é possível, após a morte, voltar a este mundo muitas vezes para se redimir dos pecados cometidos nas existências passadas.

Trata-se da reencarnar-se. Morrer e voltar num outro corpo. Tal crença não é exclusiva do espiritismo. O budismo e o hinduísmo também apregoam algo semelhante. Pretendo analisar, de forma sucinta, essas razões, não necessariamente na mesma ordem em que aparecem na revista.

Compromisso light

Primeiro, a questão sobre a flexibilidade da doutrina espírita, que não exige compromisso das pessoas. Não se trata de um privilégio do espiritismo. É o mal da época.

A falta de compromisso, o crescimento da economia informal, a quebra de contratos (e aqui entra também a multiplicação dos divórcios), o enfraquecimento da pertença ou filiação religiosa (chamada de trânsito religioso), mostram como a falta de compromisso hoje está em alta.

Uma boa parte do mundo evangélico também vive a fé cristã de acordo com o que for mais conveniente e não de acordo com o que é correto à luz da Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Portanto, isso não pode ser apresentado como uma característica positiva de fidelidade religiosa.

Ao contrário, homens e mulheres da Bíblia e muitos vultos ao longo do cristianismo sofreram e deram as suas vidas pela fé que abraçaram.

É o que declarou o apóstolo Paulo: "Trago em meu corpo as marcas do Senhor Jesus" (Gálatas 6.17). Ao seu discípulo Timóteo escreveu: "Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Jesus Cristo" (2 Timóteo 2.3). Paulo explica ainda: "Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte" (2Coríntios 12.10).

Pedro afirma numa suas cartas que o sofrimento é necessário (1Pedro 1.6). Entretanto, esses ensinos, revelados por Deus nas Escrituras, não combinam com o espírito hedonista que tomou conta da sociedade atual, dominada pelo prazer e egoísmo.

A morte e a vida além

Segundo a revista, uma outra razão para o sucesso do espiritismo é a sua doutrina de que a vida não termina na morte, mas é seguida pela reencarnação.

De acordo com o espiritismo, "reencarnar é voltar ao corpo físico" e que a reencarnação é "o maravilhoso instrumento que Ele [Deus] nos oferece para a nossa própria redenção".

[1] No túmulo de Kardec está escrito o seu lema: "Nascer, morrer, renascer e progredir sempre; está é a lei".

Para que serve então a reencarnação? Segundo o espiritismo, ela serve como um meio de purificação de pecados e progresso contínuo até a perfeição. O objetivo da reencarnação é, pois, "expiação, prova, melhoramento progressivo da humanidade" .



[2] O alvo de cada existência é que o espírito procure redimir as faltas e os males cometidos na vida anterior: "Toda falta cometida, todo mal realizado, é uma dívida contraída que deverá ser paga; se não o for em uma existência se-lo-á na seguinte ou seguintes..." [3]

Salvação e reencarnação

É impossível conciliar a doutrina da salvação e purificação de pecados apresentada na Bíblia Sagrada com a crença reencarnacionista. Se a reencarnação for um sistema de expiação, o que estava então Jesus fazendo na cruz? Estava se divertindo? Ou não sabia o que estava fazendo ao morrer uma morte tão cruel?

Sem dúvida que não, pois até mesmo o espiritismo o considera o mais elevado de todos os mestres. A Bíblia ensina a impossibilidade da reencarnação ao comentar sobre o tratamento que Deus deu ao povo de Israel no deserto: "Contudo, ele foi misericordioso; perdoou-lhes as maldades e não os destruiu. Vez após vez conteve a sua ira, sem despertá-la totalmente. Lembrou-se de que eram meros mortais, brisa passageira que não retorna" (Salmo 78.38,39).

Sobre uma criança que nasceu entre a vida e a morte e que depois de alguns dias faleceu, Davi comentou: "Poderia eu trazê-la de volta à vida? Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim" (2 Samuel 12.23). Esses textos mostram claramente que é impossível alguém voltar à este mundo como ensinam os reencarnacionistas.

O apóstolo Paulo escreveu que tinha desejo de partir (morrer) e estar com Cristo (Filipenses 1.23) e não de reencarnar. Aos crentes da cidade de Corinto escreveu: "Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor" (2 Coríntios 5.8).

As Escrituras Sagradas afirmam abertamente que Cristo morreu pelos desígnios eternos de Deus ao mencionar o Cordeiro (Jesus) que foi morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13.8). Segundo as Escrituras, para ser salvo, é preciso crer em Cristo (Atos 16.16), nascer de cima, do alto (João 3.3, 5), ser uma nova criatura ou criação (2Coríntios 5.17).

Observe o que o apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de Roma: "Se você confessar com a sua boca que Jesus é o Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para a justiça, e com a boca se confessa para a salvação.

Como diz a Escritura: Todo que nele confia jamais será envergonhado. Não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam, porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10.9-13).

A Bíblia diz com muita clareza que o ser humano só pode ser perdoado ou purificado dos seus pecados através da morte e do sangue de Jesus Cristo. O autor da carta aos Hebreus afirma a importância do sangue e da morte de Cristo na cruz para a nossa salvação ao escrever:

"Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo" (Hebreus 10.19, 20).

O apóstolo Pedro também declara que o cristão não é redimido por meio de coisas perecíveis como prata e ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito (1 Pedro 1.18, 19).

O apóstolo João afirma que é o sangue de Jesus que nos purifica dos nossos pecados (1 João 1.7 e Apocalipse 1.5). Há muitos outros textos na Bíblia que corroboram essa verdade.

Onde entra a reencarnação em todos esses textos bíblicos, escritos, não por inspiração de espíritos que nem se sabe de quem são, mas por inspiração do Espírito Santo, como declarou o apóstolo Pedro: "Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém da interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1.20, 21)?

O espiritismo é racional?

Quanto à doutrina espírita basear-se num conjunto de idéias muito bem sistematizado, sendo, portanto, passível de aceitação racional, precisa de uma resposta.

O espiritismo procura firmar-se em três pilares principais: a comunicação com os mortos, a reencarnação e a salvação pela prática das boas obras. Todos esses pilares do espiritismo são condenados pela Palavra de Deus.

Sobre a comunicação com os mortos, veja Deuteronômio 18.11, 12 e Isaías 8.19, 20. A crença na salvação pela prática das boas obras é amplamente refutada nas Escrituras. Basta ler Efésios 2.8, 9; 2 Timóteo 1.9 e Tito 3.5-7. Agora, abraçar a tais doutrinas do espiritismo, claramente condenadas pela Palavra de Deus, é algo racional?

Mas, há outras questões intrigantes no espiritismo. Um delas é o ensino de Allan Kardec de que outros planetas são habitados: "De todos os globos que constituem o nosso sistema planetário, segundo os Espíritos, a terra é daqueles cujos habitantes são menos adiantados, física e moralmente; Marte lhe seria ainda inferior, e Júpiter, muito superior, em todos os sentidos...

Muitos Espíritos que animaram pessoas conhecidas na Terra disseram estar reencarnados em Júpiter" (O Livro dos Espíritos, capítulo IV, 188, nota 1). Os espíritos também ensinaram a Kardec que o planeta Marte não tem qualquer satélite, que Saturno só tem um anel formado pelo mesmo material do planeta, e que algumas estrelas como Sírio são milhares de vezes maiores do que o sol (A Gênese, capítulo VI, 27).

Ao contrário do que os espíritos ensinaram a Kardec, a ciência já descobriu que Marte possui dois satélites, que o anel de Saturno não é formado da mesma matéria do planeta e que Sírio tem um tamanho entre 13 a 15 vezes maior do que o sol. Tudo isso é racional? É lógico que não. Trata-se, então, de espíritos mentirosos.

Diante das informações mencionadas acima, pode-se confiar nos espíritos que influenciaram e revelaram as doutrinas espíritas a Allan Kardec? A resposta lógica e racional é não. Se os espíritos por trás de Allan Kardec não são confiáveis quando tratam das coisas deste mundo, muito menos o serão ao tratar de coisas espirituais, coisas relacionadas com a salvação da alma e com a vida eterna.

Os espíritos também ensinaram Allan Kardec e outros expoentes do espiritismo como Léon Denis, a atacar a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Kardec declarou: "A Bíblia contém evidentemente narrativas que a razão, desenvolvida pela ciência, não poderia aceitar hoje em dia" (A Gênese, IV, 6). Léon Denis afirmou: "Daí segue que não poderia a Bíblia ser considerada ‘a palavra de Deus’ nem uma revelação sobrenatural. O que se deve nela ver é uma compilação de narrativas históricas e legendárias, de ensinamentos sublimes, de par com pormenores às vezes triviais".[4]

Ora, usar a Bíblia para formular doutrinas e atacá-la ao mesmo tempo é racional? Trata-se, no mínimo, de uma contradição. Seria como namorar uma jovem, desejar casar-se com ela e difamá-la ao mesmo tempo.

Quanto à salvação em Cristo, Léon Denis afirma: "Não; a missão do Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. Nada de exterior a nós poderia fazê-lo.

É o que os Espíritos, aos milhares, afirmam em todos os pontos do mundo". [5] Basta comparar essa declaração de Léon Denis com Atos 20.28 para se constatar o engano do espiritismo: "Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue".

Há muitos textos na Bíblia que demonstram os equívocos de Léon Denis (veja Efésios 4.13, 15 e Hebreus 9.11-15). Insistir com Léon Denis é racional? É óbvio que não.

Como pode alguém afirmar que a doutrina espírita se baseia num conjunto de idéias muito bem sistematizado, sendo, portanto, passível de aceitação racional, pois quando Allan Kardec codificou a doutrina espírita, deu-lhe um revestimento científico? Como afirmar que o espiritismo se vale de uma roupagem racional no mundo moderno se as suas doutrinas são condenadas pela Palavra de Deus?

E por que as pessoas não conseguem perceber isso? A resposta pode ser encontrada em 2 Coríntios 4.4: "O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus". O testemunho das Escrituras Sagradas permanece, afirmando que só Jesus Cristo pode salvar do pecado e da morte eterna (João 14.6 e Atos 4.12).

[1] NÁPOLI, Allan Eurípedes Rezende et alli. O Espiritismo de A a Z. Brasília. Federação Espírita Brasileira. 1995, p. 424, 425.

[2] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, capítulo IV, pergunta 167.

[3] KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno, capítulo 7.9.

[4] DENIS, Léon. Cristianismo e Espiritismo. Rio de Janeiro. FEB. 9ª edição, 1992, p. 267.

[5] Ibid, p. 85.


Dr. Paulo Romeiro
É pastor e um dos mais renomados apologistas evangélicos. Bacharel em Jornalismo; cursou o Gordon-Conwell Theological Seminary em Boston; É professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Mackenzie.

Direitos Reservados - CACP© - Centro Apologético Cristão de Pesquisas - 1998-2008

Desculpas Esfarrapadas


Você está cometendo o erro de apresentá-las?

No capítulo 14 do Evangelho Segundo Lucas, lemos que o Senhor Jesus Cristo foi convidado para fazer uma refeição na casa de um fariseu importante. Logicamente, Ele sabia que o convite não era por uma razão social comum, mas tinha o objetivo de fornecer aos legalistas religiosos, outra oportunidade de tentar encontrar alguma falha Nele.

Portanto, quando entrou na casa, o Senhor foi imediatamente confrontado por um homem que sofria de hidropisia, uma doença também conhecida como "edema" — um inchaço na pele e/ou dos órgãos internos causado pela retenção anormal de fluídos. A narrativa não nos diz se o homem era um convidado ou não, mas a partir do que ocorreu, parece que ele era a "isca" para uma armadilha preparada pelos fariseus. O plano era mais ou menos assim: "Aqui está uma pessoa que está claramente doente — você vai curá-la mesmo sabendo que ensinamos que fazer isso seria uma violação à Lei do Sábado?" Mas, em vez de brincar com aquele joguinho tolo, Ele virou a mesa fazendo-lhes algumas perguntas.
A primeira pergunta foi a seguinte:

"E Jesus, tomando a palavra, falou aos doutores da lei, e aos fariseus, dizendo: É lícito curar no sábado?" [Lucas 14:3].

Bingo! A Lei Mosaica não proibia a cura miraculosa no sábado. Como muitas outras coisas em que eles insistiam, o ensino deles baseava-se naquilo que consideravam apropriado e não na Lei de Deus. Embaraçados e com as mãos atadas, nenhuma resposta crível era possível — de modo que eles adotaram a única opção disponível:

"Eles, porém, calaram-se. E, tomando-o, o curou e despediu." [Lucas 14:4].

Como o Senhor curou o homem e o despediu, isso sugere que o nível social daquele indivíduo não era compatível com o dos presentes na casa. Despedir um hóspede convidado naquela circunstância teria sido uma indelicadeza social e o Senhor sempre demonstrou boas maneiras.
Em seguida, Ele os questionou novamente:

"E disse-lhes: Qual será de vós o que, caindo-lhe num poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?" [verso 5].

Novamente, eles não tinham o que responder.

"E nada lhe podiam replicar sobre isto." [verso 6].

Portanto, uma vez que no plano original deles o tiro tinha saído pela culatra, o Senhor graciosamente ofereceu a eles (e ao resto de nós) algumas lições objetivas. Começando no verso 7, encontramos a seguinte instrução:

"E disse aos convidados uma parábola, reparando como escolhiam os primeiros assentos, dizendo-lhes: Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu; e, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar. Mas, quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa. Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. E dizia também ao que o tinha convidado: Quando deres um jantar, ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado. Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos. E, ouvindo isto, um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado o que comer pão no reino de Deus." [versos 7-15].

O Filho de Deus sabia exatamente o que havia nos corações daqueles orgulhosos e pomposos líderes religiosos, de modo que Seus comentários tiveram o objetivo de envergonhá-los. Quando Ele concluiu dizendo que aqueles que exibissem humildade no serviço aos outros receberiam uma recompensa celestial, um sabichão (sempre há alguém assim em um ajuntamento de pessoas) disse algo que ele mesmo achava ser muito espiritual! Fazendo uma paráfrase: "Seus comentários não se aplicam porque seremos bem-aventurados quando nos assentarmos para o banquete que Deus vai preparar para nós."

A resposta do Senhor para a afirmação daquele homem foi uma parábola que é tão relevante para as massas humanas hoje quanto foi para os líderes religiosos daquele tempo:

"Porém, ele lhe disse: Um certo homem fez uma grande ceia, e convidou a muitos. E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado." [versos 16-17].

A Ceia das Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:9) será sem dúvida o maior banquete já servido e o contexto da parábola parece se referir a ela. Há também outro paralelo no fato que existem muitos que ouvem a mensagem do evangelho e que, portanto, tomam conhecimento do convite. Mas, como nos três exemplos citados na parábola, a maioria desdenha o convite gracioso de Deus apresentando sempre alguma desculpa ridícula!

"E todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado." [verso 18].

Em condições normais, quem compraria um terreno sem primeiro avaliá-lo? Os especuladores algumas vezes estão dispostos a correr esse risco, mas para a vasta maioria de nós, seria uma grande tolice. E a tolice da desculpa é intencionalmente enfatizada.

"E outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me hajas por escusado." [verso 19].

Novamente, por que alguém pagaria por alguma coisa que ainda não examinou direito? Qualquer pessoa examina antes de comprar, de modo que esse é outro exemplo de tolice.

"E outro disse: Casei, e portanto não posso ir." [verso 20].

Como poderia um casamento permitir esse tipo de desculpa ridícula? Mas o fato inegável é que terras, animais e amor estão entre as desculpas que os homens usam para evitar aceitar o convite para o banquete celestial que Deus preparou!

"E, voltando aquele servo, anunciou estas coisas ao seu senhor. Então o pai de família, indignado, disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade, e traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos. E disse o servo: Senhor, feito está como mandaste; e ainda há lugar. E disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a minha casa se encha." [versos 21-23; ênfase adicionada].

É minha compreensão que naquele tempo era costumeiro esperar uma confirmação ao convite feito — RSVP — por assim dizer, para que a quantidade apropriada de comida e bebida fosse providenciada. Portanto, o dono da festa ficou indignado por que as pessoas apresentaram desculpas ridículas após terem prometido comparecer.

Então, para concluir a parábola, o Senhor disse que aqueles que desdenharam o convite foram banidos definitivamente da mesa do dono da festa.

"Porque eu vos digo que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia." [verso 24].

Logicamente, os paralelos com o convite gracioso de Deus para salvar aqueles que verdadeiramente respondem à mensagem do evangelho são óbvios.

Portanto, fique informado que você foi convidado! No coração de todo homem há um desejo por vida após a morte, de modo que o intento de "comparecer ao banquete" foi estabelecido. Mas quando chega a hora de realmente fazer isso, a vasta maioria usa todas as desculpas ridículas para evitar comparecer.

Deus não poupou gastos para "preparar a mesa" — chegando ao ponto de enviar Seu Filho Unigênito — Jesus Cristo, para morrer em lugar de todos aqueles para quem o convite foi graciosamente oferecido! Portanto, embora todo ser humano na Terra seja culpado de violar Seus mandamentos (a Bíblia chama essas ofensas de "pecado" e a penalidade por cometer um único pecado é a morte eterna), a justificação — uma total isenção das culpas — é oferecida para todos aqueles que receberem pela fé! A morte sacrificial de Jesus Cristo na cruz pagou o preço que a justiça de Deus exigia pelo pecado.

"Porque o salário do pecado é a morte..." [Romanos 6:23a].

Devido ao fato maravilhoso que o Senhor morreu para pagar a pena pelo pecado, a seguinte oferta tornou-se possível para aqueles que honram o convite de Deus para cear:

"... mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." [Romanos 6:23b].

Você está faminto o bastante para aceitar a oferta feita por Deus? Em caso afirmativo, apenas incline sua cabeça e ore pedindo que Ele o perdoe e ofereça um lugar para você à Sua mesa. Se você verdadeiramente for sincero em pedir e em invocá-lo de todo o coração, há uma mensagem na Palavra de Deus que foi colocada ali especialmente para você:

"Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, a saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação." [Romanos 10:8-10; ênfase adicionada].

Além disso, observe o próximo verso:

"Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido." [Romanos 10:11].

O Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:16) fez a você um convite para se assentar com Ele nos céus e participar do maior banquete que este mundo já viu! Você irá comparecer ou apresentará alguma desculpa ridícula?

Imediatamente antes de ascender ao trono da Inglaterra, a rainha Elizabeth II enviou convites especiais para certos súditos comparecerem à cerimônia de coroação. Entre os convidados estavam pares do reino, membros do parlamento e do povo comum. Todos os segmentos sociais estavam representados e, em cada caso, o convite trazia as seguintes palavras: "Extinguem-se todas as desculpas." Quando a realeza convoca, aquilo é uma ordem e não uma simples sugestão. Apresentar desculpas é nada menos que rebelião.

Que Deus o abençoe.

Autor: Pr. Ron Riffe
Data da publicação: 5/7/2008
Revisão: V. D. M. — Campo Grande /MS e http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/p300.asp

Marionetes do Papado: Construindo a Religião do Mundo Unificado


Raramente se ouve falar sobre os movimentos de raiz popular da Igreja Católica Romana e do impacto que estão tendo no mundo e dentro da cristandade. Existem três movimentos principais: Focolare, Comunhão e Libertação e Caminho Neocatecumenal. Roma tem conspirado para usar essas três organizações para a execução de sua própria agenda, ou seja, atrair e levar o mundo de volta à sujeição ao papado.

"Conspiração dos seus profetas há no meio dela, como um leão que ruge, que arrebata a presa; eles devoram as almas..." [Ezequiel 22:25].

Freqüentemente ouvimos falar das sociedades secretas e irmandades silenciosas do Catolicismo Romano, como os Jesuítas, os Cavaleiros de Malta e a Opus Dei, que "ocultamente servem aos interesses da elite dominante sob a suprema autoridade da Santa Sé", mas raramente se ouve falar sobre os movimentos de raiz popular da Igreja Católica Romana e o impacto que estão tendo no mundo e dentro da cristandade. Existem três movimentos principais: Focolare, Comunhão e Libertação e Caminho Neocatecumenal. Roma tem conspirado para usar essas três organizações para a execução de sua própria agenda, ou seja, atrair e levar o mundo de volta à sujeição ao papado. Essas organizações estão sendo usadas como um "Jihad", isto é, uma guerra santa contra o crescente êxodo de católicos (somente no Brasil, cerca de 600.000 deixam a Igreja Católica e ingressam em grupos protestantes). O papa João Paulo II, em sua segunda visita ao Brasil, exortou seus seguidores a empreenderem uma cruzada contra as 'seitas' religiosas fundamentalistas que oferecem o que ele chamou de 'falsas miragens'. O bispo Sinésio Bohn advertiu acerca dessa guerra santa:

"Atônitos com o espantoso crescimento das igrejas evangélicas no Brasil, líderes da Igreja Católica Romana ameaçaram lançar uma 'guerra santa' contra os protestantes se eles não deixarem de arrebanhar pessoas do aprisco católico... Na 31ª. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil… O bispo Sinésio Bohn chamou os evangélicos de uma séria ameaça à influência do Vaticano em seu país. 'Declararemos uma guerra santa, não duvidem. A Igreja Católica tem uma estrutura pesada, mas quando nos movermos, esmagaremos qualquer um que estiver sob nossos pés.' De acordo com Bohn, uma guerra santa declarada não pode ser evitada, a não ser que as treze maiores igrejas e denominações assinem um tratado... que exigirá que os protestantes parem com todos os esforços de evangelização no Brasil. Em troca, ele disse que os católicos concordariam em cessar toda a perseguição direcionada aos protestantes." (Charisma, maio de 1994).

Observe que a única forma de evitar a "guerra santa" é parar de evangelizar os fiéis católicos. Acaso eles respeitam a mesma regra quando se trata do protestantismo? Claro que não! Eles já lançaram sua "guerra santa" e planejaram esmagar todos aqueles que se opõem a ela. Quando mais de 100 cardeais e bispos se encontraram para discutir esses "movimentos eclesiais", admitiram que esses movimentos eram destinados a "ajudar os paroquianos a se moverem de um plano pastoral sacramental para um de evangelização nesta sociedade descristianizada." A intenção deles não é apenas a de evangelizar a sociedade; eles pretendem governá-la! O desejo do papado de estabelecer sua Nova Ordem Mundial teológica o levou a utilizar seu pessoal leigo como suas marionetes. Embora se diga que esses três movimentos foram iniciados por leigos, é interessante observar que são dominados pelo clero. A razão? Quando um movimento é reconhecido pela Igreja, ele se torna "um instrumento privilegiado para uma adesão pessoal e sempre nova ao mistério de Cristo." Em outras palavras, ele se torna um instrumento para o papado.

"Os fracos estão em volta dos altares, para atrair pelo seu fervor santificado — os instruídos lotam as cátedras da literatura sacra e profana — os espertos se apegam aos que estão em posições de destaque para que por seus meios possam obter e dirigir o poder em seu benefício próprio — e os fortes saem para fazer o proselitismo." (The American Text-Book of Popery: Being na Authentic Compend of the Bulls, Canons and Decretals of the Roman Hierarchy (O Livro-Texto Americano do Papado: Um Compêndio Autêntico das Bulas, Cânones e Decretos da Hierarquia Romana), Nova York: Publicado por S. W. Benedict & Cia. 1844, 351).

Monsenhor Paul-Josef Cordes, do Pontifício Conselho Para os Leigos declarou publicamente que esses movimentos serão participantes valiosos no que será "não apenas uma batalha meramente humana em torno de palavras e idéias, mas uma GRANDE BATALHA TEO-DRAMÁTICA que ocorrerá em breve em todo o mundo." Tendo isto em mente, vamos examinar essas três organizações mencionadas:
Focolare

O Focolare, iniciado logo após a Segunda Guerra Mundial por Chiara Lubich, sua fundadora internacionalmente reconhecida, formulou os princípios de sua "visão espiritual singular" de um mundo unido a despeito de suas diferenças. Ela atribui o rápido crescimento de sua organização leiga, que tem seguidores em 180 países, ao próprio Deus. "A estrutura do movimento, mais do que sugerido a nós por idéias humanas, foi inspirada por um carisma que é um dom de Deus", ela escreveu. De acordo com o site oficial de Focolare:

"A partir de seu começo humilde na cidade italiana de Trento, o Focolare se tornou um movimento mundial e agora conta com mais de 87.000 membros e cerca de dois milhões de amigos e aderentes em mais de 180 países. Há muitas maneiras de se filiar ao movimento, indo desde um estilo de vida mais comprometido em pequenas comunidades à colaboração em suas várias atividades. O movimento é composto por pessoas de todas as idades, etnias e estilos de vida. Ele é ECUMÊNICO. Membros das religiões mundiais, bem como pessoas sem afiliação religiosa, também participam na vida do movimento em vários níveis".

Lubich afirma que o Focolare está baseado nas Escrituras (ela é famosa por também fazer citações do Alcorão e de místicos islâmicos), e diz ainda que as Escrituras são seu guia para a vida diária. Ela escolhe uma passagem selecionada das Escrituras a cada mês em uma publicação chamada "Palavra da Vida", que é traduzida em 84 idiomas e alcança mais de 15 milhões de pessoas por meio da imprensa, rádio e televisão. O movimento também estabeleceu trinta editoras em todo o mundo. Os países de língua inglesa são servidos pela New City Press, em Nova York, Londres e Manila. A revista "Cidade Viva" do Focolare também é publicada em numerosas edições. O desejo de Roma de controlar a imprensa é realizado por meio deste movimento. É evidente que a mensagem dela de ecumenismo está se espalhando mundo afora, ainda que ela, convenientemente, negligencie a inclusão das Escrituras que nos mandam ser "separados". Por exemplo, Tiago 4:4 adverte: "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." O Focolare é amigo do mundo e, portanto, inimigo de Deus.

Em 1962, o papa João 23 aprovou o Focolare, pois ele servia aos seus propósitos e ao propósito dos Illuminati, que é pôr abaixo o catolicismo tradicional e abrir caminho para a Nova Ordem Mundial e a religião global. Foi o papa João 23 quem convocou o Vaticano II, um Concílio Ecumênico; e ainda que fosse considerado um pecado contra a fé romana participar em serviços religiosos de outras crenças, ninguém pareceu observar ou se preocupar com isso! No livro My Catlholic Faith (Minha Fé Católica), publicado antes do Vaticano II, lemos na página 203:

"POR QUE UM CATÓLICO PECA CONTRA A FÉ AO TOMAR PARTE EM UMA ADORAÇÃO NÃO-CATÓLICA? — Um católico peca contra a fé ao tomar parte em uma adoração não-católica porque dessa forma ele professa crer numa religião que sabe ser falsa. É errado comparecer a serviços religiosos protestantes ou judaicos mesmo quando não participamos deles, porque esses serviços pretendem honrar a Deus em uma maneira que Ele não deseja ser honrado".

Se fôssemos acreditar nos ensinos de Roma anteriores ao Vaticano II, deveríamos concluir que João 23 e Chiara Lubich foram apóstatas, e a visita do papa João Paulo II à mesquita islâmica foi um "pecado contra a fé". Em My Catholic Faith (Minha Fé Católica), na página 251, lemos:

"O papa pode fazer e desfazer leis para toda a Igreja: sua autoridade é suprema e inquestionável. Cada bispo, cada sacerdote, cada membro da Igreja está subordinado a ele... devemos obedecê-lo como Cristo mandou que todos obedecessem a Pedro." [NA: Não existe essa ordem nas Escrituras].

Como o papa tem o direito de mudar as leis quando achar apropriado, ele está habilitado a derrubar centenas de anos de tradição e abrir caminho para a igreja mundial mencionada no Apocalipse.

O Concílio Vaticano II mudou alguma coisa com referência à submissão dos católicos ao papa? Julgue você mesmo!

"Esta submissão leal da vontade e do intelecto deve ser oferecida, de forma especial, ao autêntico ensino do pontífice romano, mesmo quando ele não fala 'ex-cathedra', de tal forma que, de fato, sua suprema autoridade para o ensino seja reconhecida com respeito, e que a pessoa venha a aderir sinceramente às decisões tomadas por ele."

Não apenas o papa afirma ter poder absoluto para fazer e desfazer leis, mas também crê que tenha igualmente o direito de alterar as Escrituras. No Confessio Romano-Catholica in Hungaria Evangelicis publife prescripta et propostia, Artigos IV, I e XXI, se lê:

"Confessamos que qualquer coisa nova que o papa de Roma possa ter instituído, seja nas Escrituras, ou fora das Escrituras, é verdadeira, divina e salvífica; e, portanto, deve ser vista como sendo de mais alto valor pelos leigos que os preceitos do Deus vivo... Confessamos que o papa tem o poder de alterar as Escrituras, seja aumentando-as ou diminuindo-as, de acordo com a sua vontade... Confessamos que a Santa Escritura é imperfeita e letra morta até que seja explicada pelo supremo pontífice e liberada por ele para ser lida pelos leigos."

Isto é blasfêmia! Provérbios 30:5-6, Deuteronômio 4:2, 12:32 e Apocalipse 22:18-19 deixam claro que não podemos adicionar nem subtrair nada da palavra de Deus! Nenhum homem ou anjo tem esse direito! Este é o espírito do Anticristo! 2 Tessalonicenses 2:4 descreve o verdadeiro espírito do papado:

"O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus."

O inglês Gordon Urquhart publicou em 1995 The Pope's Armada (A Armada do Papa), um ataque cáustico a esses três novos movimentos. Ele passou nove anos no Focolare e afirma que os movimentos têm "hierarquias rígidas, secretas, que exigem obediência cega e criam cultos à personalidade de seus fundadores, os quais detêm autoridade absoluta." Ele prossegue, dizendo:

"Muitas de suas características principais refletem as dos Guardas Vermelhos de Mao — fanatismo, obediência cega, abuso de slogan, culto à personalidade do papa, manipulação da mídia, anti-intelectualismo, acusações, formulação de uma rígida ideologia, uma geração mais jovem mobilizada na luta contra os mais velhos".

Urquhart está preocupado especialmente com a estrutura autoritária desses movimentos e "seu uso da confissão ritual ao grupo, ritos clandestinos e cerimônias secretas". O Dr. Robert Jay Lifton, um especialista em controle mental e comportamento de seitas, diz que táticas como "confissão em grupo" são típicas de seitas e de comportamento sectário.

"Pecados sérios (definidos pela organização) devem ser confessados imediatamente. Se os membros forem encontrados se comportando de forma contrária às regras, devem ser denunciados. Há freqüentemente uma tendência a extrair prazer da auto-degradação na confissão. Isto ocorre quando todos devem confessar seus pecados um diante do outro, regularmente, criando algo como uma intensa unicidade com o grupo. Também permite que os líderes possam, de dentro, exercer autoridade sobre os mais fracos, usando seus pecados como um chicote para dirigi-los".

"Então Jesus, chamando-os para perto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós..." [Mateus 20:25-26].

1 Pedro 5:3 diz: "Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho." Se eu fosse seguir o exemplo da hierarquia romana, acumularia ouro para mim mesma, vestiria as mais finas roupas, dirigiria um veículo blindado para evitar franco-atiradores e construiria para mim a mais bela cidade que o dinheiro pode comprar. Se eu fosse seguir o exemplo deles, minha hipocrisia não teria limites. Este é o exemplo que eles têm dado aos homens enquanto se assenhoreiam deles e os mantêm prisioneiros de seu clericalismo.

Em resposta, os defensores dessa organização se mobilizaram para refutar essas críticas. Robert Moynihan, editor de Inside the Vatican, em um artigo na revista Time (1997), discutindo o polêmico movimento, diz:

"Silêncio, jejum, separar-se de seus velhos amigos e companheiros para se devotar a Deus, trabalhar para levar o evangelho aos confins da terra, todos esses comportamentos são vistos como fanáticos, irracionais, sectários. Mas esses são comportamentos que os católicos honram e louvam em São Benedito, São Francisco de Assis e São Tomás Morus."

Urquhart também afirma que o Focolare usa técnicas de lavagem cerebral nos novos recrutas por meio daquilo que ele chama de "experiências de imersão total". Eu pessoalmente fui vítima dessas táticas quando compareci a retiros de fim de semana num convento na Pensilvânia. Fui tão influenciada pelo ambiente que trouxe para casa formulários para ingressar imediatamente no convento. Se meu pai não tivesse interferido e impedido, eu teria ido para o convento aos 13 anos. Robert J. Lifton, em seu livro Thought Reform and the Psychology of Totalism (A Reforma do Pensamento e a Psicologia do Totalitarismo), apresenta oito fatores importantes que podem ser usados para descobrir se um grupo é uma seita destrutiva ou não. O primeiro fator se chama Controle do Ambiente.

As seitas podem controlar o ambiente em volta de seus recrutas de muitas maneiras, mas quase sempre usando algum tipo de isolamento. Os recrutas podem ser fisicamente separados da sociedade, ou podem ser advertidos com ameaças de punições para que se mantenham longe da mídia educacional do mundo, especialmente quando esta pode provocar pensamento crítico. Quaisquer livros, filmes ou testemunhos de ex-membros do grupo, ou qualquer crítico do grupo por qualquer forma devem ser evitados.

Você já observou que os livros católicos contêm o "Nihil Obstat" e "Imprimatur"? Isto é para evitar que seus seguidores leiam material que a ICAR não quer que eles leiam. Freqüentei uma escola católica e me lembro claramente de ser advertida a não ler material protestante. Meu irmão fez uma redação sobre o apóstolo Paulo usando uma Bíblia evangélica. Ele não percebeu que havia uma diferença entre as notas da Bíblia católica e as da verdadeira Bíblia. Quando chegou sua vez de ler a redação para a classe, ele ouviu a freira bater o pé à frente da classe, furiosa. Ela tomou o papel das mãos de meu irmão, embolou-o e o enfiou na boca dele, mandando que ele o comesse. Meu irmão cuspiu o papel no chão, mas ela o apanhou e empurrou para dentro da boca dele novamente. Ele cuspiu de novo e então ela bateu nele. Somente quando se tornou adulto ele compreendeu porque ela ficou tão furiosa. A informação na Bíblia evangélica contradizia o ensino católico romano.

Tendo em mente o critério do Dr. Lipton para o comportamento sectário, fiquei imaginando se essas experiências de imersão total estavam sendo realizadas nas "cidadezinhas" Focolare chamadas Mariápolis. De acordo com o sítio oficial na Internet de Focolare:

"Desde 1949 as Montanhas Dolomitas se tornaram um local de encontros regulares no verão para os membros do movimento em expansão. Esses ajuntamentos de férias eram microcosmos da humanidade, pequenas cidades temporárias baseadas na lei do amor mútuo. Agora, mais de uma centena desses encontros de verão (chamadas 'Mariápolis') ocorrem em todo o mundo a cada ano, com mais de 100.000 participantes. Nesse meio tempo, uma quantidade de 'cidadezinhas' vieram a existir, baseadas no modelo desses encontros de verão. A primeira delas foi fundada em Loppiano, perto de Florença, na Itália. No momento, mais de 700 pessoas, de cinqüenta países diferentes, vivem lá. A maioria delas é de jovens adultos que participam em uma 'escola da vida' de dois anos de duração, sobre como viver o evangelho. Outras cidadezinhas desse tipo estão localizadas na Alemanha, Suíça, Eslovênia, Camarões, Quênia, Filipinas, Austrália, Argentina, Brasil e México. Nos Estados Unidos a cidadezinha está localizada em Hyde Park, Nova York. Durante seus primeiros anos de existência, ela se desenvolveu como um centro de espiritualidade, uma base de treinamento para a unidade, oferecendo uma experiência de unidade que pode ser trazida ao ambiente da pessoa como uma contribuição para UM MUNDO UNIDO."

Essas "experiências de imersão total" que Roma usa para doutrinar seus seguidores achou guarida entre os batistas sulistas bem como no Três Dias. O Movimento Cursilhos de Cristandade, que se originou na Igreja Católica Romana e brotou do Focolare, é um aprendizado de três dias, compartilhando a experiência de viver em uma comunidade cristã. Três Dias é um dos três principais movimentos de renovação que emergiram do Movimento Cursilhos de Cristandade. Em um artigo de Todd Starnes, ele nos fala das preocupações de um pregador batista, Paul Mason:

"Quando vários membros de uma igreja batista da Geórgia foram convidados a comparecer a um fim de semana de renovação espiritual, seu pastor, Paul Mason, não pensou duas vezes. Três Dias parecia ser um retiro de fim de semana normal, patrocinado por uma denominação religiosa de primeira linha. Mas poucos meses depois que eles retornaram do retiro, Mason observou que tinha um problema em suas mãos na Igreja Batista Central de Douglasville. 'Quando eu lhes perguntei como foi o retiro, eles me disseram que era segredo. Eles não podiam falar sobre o que tinha acontecido durante o fim de semana.' Mason observou que casais que compareceram ao encontro de Três Dias estavam secretamente convidando outros para comparecerem ao programa. Depois que o superintendente da Escola Dominical foi ao retiro, ele bruscamente renunciou ao seu cargo na igreja sem razão alguma. Mason disse que em menos de seis meses, os casais que participaram de Três Dias se isolaram completamente da congregação. O resultado foi uma igreja dividida. Determinado a aprender tudo sobre Três Dias, Mason descobriu uma informação perturbadora sobre um movimento espiritual que está causando preocupação na Convenção Batista do Sul. Davis diz que um grande número de Igrejas Batistas do Sul fez contato com seu escritório com histórias de problemas resultantes dos retiros. 'É muito estranho. Alguns membros de igreja fizeram coisas extremas, venderam propriedades, tornaram-se misteriosos. É quase como se o retiro de fim de semana tenha se tornado o foco espiritual de suas vidas'. George Osment, um líder leigo da Primeira Igreja Batista de Scottsboro, Tennesse, disse que a intensidade espiritual é tão grande que os líderes de um retiro de Três Dias se recusaram a permitir que um participante partisse. 'Essa pessoa queria voltar para casa, mas não permitiram que ela partisse. Ela viu o que estava acontecendo e quis partir. Eles formaram um círculo em volta dele e rezaram por ele.' Osment disse que o sigilo que cerca o encontro causou divisão na sua congregação. 'É muito triste', disse ele. Davis disse: 'Qualquer coisa que envolva uma dose de sigilo levanta uma bandeira vermelha. Não é necessário que ninguém, em uma igreja cristã, guarde qualquer coisa em segredo.'"

Os movimentos Nova Humanidade e Novas Famílias, o Movimento Paroquial, Movimentos para padres diocesanos e para homens e mulheres religiosos e a Juventude por um Mundo Unido também têm suas raízes em Focolare. "Os animadores desses movimentos são os membros do núcleo do Movimento Focolare". Em 1988, o Nova Humanidade foi aprovado como uma organização não governamental (ONG) das Nações Unidas. Em 1977, Chiara Lubich recebeu o Prêmio Templeton para o Progresso da Religião. Em 1981, ela foi convidada para ir a Tóquio pelo reverendo Nikkyo Niwano, fundador do movimento budista leigo Rissho Kosei-Kai, onde ela falou para mais de 10.000 budistas. O mundo parece mesmerizado pela doutrina ecumênica de Chiara Lubich. Mas o objetivo deles de alcançar os protestantes era "um fator da maior importância para trazer paz e solidariedade globais".

"Inicialmente, o espírito de unidade se espalhou dentro da Igreja Católica. De 1958 em diante, cristãos de outras tradições começaram a entrar em contato com o Focolare e sentir que sua espiritualidade também era para eles. Contatos frutíferos entre membros cristãos do Focolare e os de outras religiões se multiplicaram. O Movimento Focolare é um membro permanente da Conferência Mundial sobre Religião e Paz. O movimento vê a cooperação de todos os crentes em Deus como um fator da máxima importância para trazer solidariedade e paz ao mundo. A estrada para a unidade leva ao diálogo: diálogo entre cristãos, diálogo entre os membros das religiões mundiais, diálogos com pessoas de outras convicções. Isto não pode ser feito sem que se conheça a própria posição e a do parceiro no diálogo. Para esse fim, o Movimento organiza seminários para seus membros sobre ecumenismo, diálogo inter-religioso e diálogo com os de outras convicções".

Esse "diálogo ecumênico" não foi obstruído pela recente alegação de que a ICAR é a única igreja verdadeira e que todas as igrejas cristãs não são "igrejas no sentido da palavra". O ecumenismo está florescendo em nível de raiz e muitos católicos e protestantes em Roma estão "tomando a comunhão juntos". O objetivo de Focolare é este: "Que todos sejam um". O papa João Paulo II, dirigindo-se a 18.000 jovens, falou de um mundo unido como "a grande expectativa da humanidade de hoje, o grande desafio de nosso futuro". O Focolare é o movimento de base que ajudará a unir o mundo ao Falso Profeta e ao Anticristo. Chiara Lubich, falando no encontro dos bispos e cardeais em junho de 2000, declarou: "A Igreja é mãe. Essa certeza nos tem dado um grande amor e uma total confiança. Por esta razão, não tem sido difícil aceitar... o julgamento dela em virtude do seu discernimento". É óbvio que o movimento leigo é realmente um movimento da hierarquia e que o pessoal do Focolare são marionetes.

[Sítio do Focolare na Internet: http://www.focolare.org/home.php?lingua=PT].
Comunhão e Libertação (CL)

Comunhão e Libertação (CL), fundado pelo monsenhor Luigi Giussani (considerado por alguns como "um gênio religioso que deve ser seguido cegamente") e dirigido por Don Giussani, ganhou proeminência no começo dos anos 70 como uma reação conservadora à revolta dos estudantes que varreu a Itália em 1968, e tem sido alvo de graves acusações. Seus membros têm sido chamados pejorativamente de "Stalinistas de Deus", "Rambos do Papa" e "Monges de Wojtyla", por causa de sua fervorosa devoção à autoridade papal, e o movimento desfrutou de uma ascensão sem paralelos durante o pontificado de João Paulo II. Toda a iniciativa desse grupo tem sido examinada, dissecada e freqüentemente condenada — tanto no nível eclesiástico como no político, mas, por outro lado, o papa João Paulo II louvou a maneira intensa como eles vivem sua fé, e milhares de jovens em todo o mundo seguem seus preceitos.

A Fraternidade de Comunhão e Libertação é uma Associação Eclesiástica de Direito Pontifício reconhecida pelo Decreto do Pontifício Conselho Para os Leigos em 11 de fevereiro de 1982. A meta da Associação é "promover comunhão como uma necessidade fundamental da vida, que tende a se expressar em uma experiência comunitária de acordo com o carisma próprio do Movimento de Comunhão e Libertação". Roma quer manter o seu povo prisioneiro da eucaristia e de outros sacramentos que somente os seus sacerdotes podem ministrar.

"[Comunhão e Libertação]… objetiva pregação e catequese com capilaridade; a celebração freqüente dos Sacramentos; um trabalho cultural como forma de aprofundamento e de expressão da própria fé da pessoa; ação caritativa como um serviço gratuito ao próximo; compromisso missionário como educação para o sentido de catolicidade da Igreja." (do artigo 4 do Estatuto).

Os membros da Fraternidade são adultos (ainda que ela tenha como alvo os jovens) que:

"... comprometem-se com os objetivos e o método da Associação. Esse método consiste em uma regra mínima de ascese pessoal que prevê: momentos diários de oração; participação em encontros de formação espiritual, incluindo um Retiro Anual; apoio, inclusive econômico, às iniciativas caritativas, missionárias e culturais promovidas ou sustentadas pela Associação".

Novamente, precisamos perguntar se esses Retiros Anuais são "experiências de imersão total". O compromisso sem questionamento com os objetivos da CL é outra característica de seita, de acordo com o especialista Robert Jay Lifton:

"A ideologia da seita se torna a visão moral definitiva do ordenamento da existência humana. A ideologia é sagrada demais para ser questionada e se exige reverência à liderança. A ideologia de seita afirma, insistentemente, possuir lógica sem brechas, fazendo com que pareça uma verdade absoluta, sem contradições. Um sistema assim tão atrativo oferece segurança.

Essa segurança que eles sentem é bem expressada pelo padre Stefano Alberto, quando se dirigiu a mais de cem cardeais e bispos referindo-se ao CL:

"Nossa certeza, que é uma fonte de esperança, é nossa filiação à Igreja. Dependemos de sua autoridade em todos os níveis, determinada a converter nosso coração e nosso espírito a cada momento de uma mentalidade mundana."

O órgão diretivo da Associação é a Diaconia Central, presidida pelo fundador, monsenhor Luigi Giussani, e composta de 40 pessoas, responsáveis pelas regiões, e pelo vice-presidente, o secretário-geral e o tesoureiro. A Associação prevê órgãos diretivos e responsáveis nos níveis diocesano, regional e setorial. Em cada comunidade diocesana existe um capelão eclesiástico indicado pelo bispo ordinário diocesano a partir da proposta do presidente da Associação. É de se perguntar por que esse movimento é chamado de "movimento de leigos".

Um elemento característico de CL é seu compromisso político. Em contraste com muitos outros movimentos católicos, que alegam focalizar somente na renovação espiritual, CL confronta o mundo como uma cultura "alternativa", e consolida suas posições com a atividade política. Cielini (outro nome para CL) se defende contra a acusação de "integralismo" enfatizando que o objetivo de seus membros como cruzados políticos é "não impor uma cultura e valores cristãos sobre homens e mulheres modernos recalcitrantes e descristianizados, mas viver completamente sua profunda visão cristã". Jeremias 23:16 nos adverte sobre as visões de homens: "Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da boca do SENHOR."

O papa, dirigindo-se aos padres participantes de um curso de "Exercícios Espirituais" promovido por Comunhão e Liberação, disse:

"Estou muito feliz por encontrá-los no encerramento de seu encontro anual de oração e meditação, os exercícios espirituais, que há muito tempo reúne os padres participantes, ou perto disso, da experiência de Comunhão e Libertação. Muitas vezes, especialmente em minhas jornadas pela Itália e vários outros países do mundo, posso reconhecer o grande e promissor florescimento de movimentos eclesiais e os tenho indicado como um motivo de esperança para toda a Igreja e para toda a humanidade."

Evidentemente, Roma tem grandes planos para CL e para os padres que estão por trás dele. Acho que deve ser mencionado que Inácio de Loyola, fundador da Sociedade dos Jesuítas, também usava os Exercícios Espirituais como uma ferramenta de lavagem cerebral de seus membros. Loyola estava convencido de que a "Virgem" o tinha treinado por meio de visões e vozes audíveis para formular os Exercícios, que são praticados ainda hoje. Foi prometido que esses exercícios de "demonstração de piedade à Maria "abririam as portas do céu". Eles consistem de:

"… fazer saudações matinais e vespertinas à Maria, freqüentemente exortando os anjos a saudá-la, expressando o desejo de construir mais igrejas para ela do que todas as que foram construídas por todos os monarcas reunidos; usar dia e noite um rosário como um bracelete, uma imagem de Maria, etc." (A História Secreta dos Jesuítas, Edmond Paris, pg 61).

Essas e outras práticas similares são ensinadas a todos os católicos, mas as ações mais extremas, conforme o padre Pemble na citação seguinte, foram reservadas para homens e mulheres "santos" que supostamente alcançaram uma perfeição que nós dificilmente poderíamos esperar atingir.

"Surrar ou flagelar a nós mesmos, e oferecer cada golpe como um sacrifício a Deus por meio de Maria, gravar com uma faca o nome santo de Maria em nosso peito: cobrir-nos decentemente à noite para não ofender o casto olhar de Maria; dizer à Virgem que você desejaria oferecer-lhe seu próprio lugar no céu se ela não tivesse o dela; desejar nunca ter nascido, ou ir para o inferno, se Maria não tivesse nascido; a nunca comer uma maçã, se Maria foi guardada do erro de prová-la" (A História Secreta dos Jesuítas, Paris, 61).

Esses "exercícios" e formas de adoração degenerados foram cultivadas com expressões licenciosas e sensuais por muitos jesuítas. Alguém perguntaria se os Exercícios Espirituais de que os padres de CL estavam participando seriam similares ou até os mesmos. A partir do discurso de conclusão feito a eles pelo papa é evidente que Maria tem parte nisso!

"Que Nossa Senhora, Mãe de Deus e da Igreja, vos guie constantemente nas veredas da vida. Sabedor de vossa devoção à Santa Virgem, espero que ela seja para todos vós a Estrela da Manhã, que iluminará e fortalecerá vosso generoso compromisso de testemunho cristão no mundo contemporâneo. Agora, cordialmente, deixo-vos minha bênção apostólica."

O papa admite que a devoção de CL é à "Santa Virgem" e a chama de "Estrela da Manhã". Esse título pertence a Jesus somente, como afirma Apocalipse 22:16: "Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã." A referência do papa à Maria como "a mãe de Deus e da Igreja" não tem nenhum fundamento bíblico!

Em 12 de setembro de 1985 o papa João Paulo II, falando aos padres do movimento CL, disse:

"Portanto é a vós, padres, que quero agora me dirigir, para ajudá-los a melhor compreender e viver a vossa filiação eclesial dentro do contexto de vossa adesão ao Movimento de Comunhão e Libertação... O surgimento de um corpo eclesial como uma Instituição, sua força persuasiva e sua energia coesiva têm suas raízes no dinamismo da graça sacramental."

Observe a expressão "adesão ao movimento". Essa organização requer uma obediência cega, por parte dos sacerdotes dirigentes, ao seu "superior", que a citação seguinte espertamente se esquiva de admitir.

"Os carismas do Espírito sempre criam afinidades destinadas a sustentar cada pessoa em sua tarefa objetiva na Igreja. A criação desse tipo de comunhão é uma lei universal. Vivenciá-la é um aspecto da obediência ao grande mistério do Espírito. Portanto, um movimento autêntico existe como uma alma alimentadora dentro da Instituição. Não é uma estrutura alternativa a ela. É, em vez disso, a fonte de uma presença que continuamente regenera a autenticidade existencial e histórica da Instituição. Dentro de um movimento, portanto, um sacerdote DEVE ENCONTRAR A LUZ E O CALOR QUE O CAPACITAM A SER FIEL AO SEU BISPO, bem disposto aos deveres da Instituição e ATENTO À DISCIPLINA ECLESIÁSTICA. Dessa forma, a vibração da sua fé e o entusiasmo de sua fidelidade serão mais férteis."

Se o sacerdote "encontra a luz", ele será uma marionete de Roma! Se tão somente eles conhecessem Jesus, que é a luz, saberiam o que é a verdadeira liberdade. Mas eles próprios se fazem prisioneiros de homens, escravos do Falso Profeta e do Anticristo. 1 Coríntios 7:23 ensina claramente: "Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens." Ah! Se os cristãos fossem fiéis em pregar o Evangelho da Graça a esses pobres católicos iludidos, para "tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo em que à vontade dele estão presos." [2 Timóteo 2:26].

O papa, em outro de seus discursos à CL, disse:

"Nestes trinta anos tendes estado abertos às mais variadas situações, lançando a semente da presença do vosso Movimento. Sei que haveis fincado raízes em dezoito países do mundo: Na Europa, na África, na América, e também conheço a insistência com que a vossa presença é procurada em outros países. Tomai o fardo dessa necessidade eclesial: este é o encargo que deixo convosco hoje. Sei que compreendereis bem a importância indispensável de uma comunhão verdadeira e plena entre os vários componentes da comunidade eclesial. Estou certo, portanto, que não ireis falhar em vos comprometerdes com fervor renovado na busca por maneiras mais apropriadas para desenvolver vossas atividades em harmonia e colaboração com os bispos, pastores e com todos os outros movimentos eclesiais."

Basicamente, o papa quer todos esses movimentos trabalhando juntos para o bem comum do papado, que é "a vontade de Deus". O Dr. Lifton, novamente, descreve os atributos sectários que freqüentemente se encaixam na descrição dos movimentos da ICAR:

"Em seitas religiosas, Deus está sempre presente nos trabalhos da organização. Se uma pessoa desiste por qualquer razão, acidentes ou doenças que possam ocorrer com ela são sempre atribuídos à punição de Deus. Dizem que os anjos estão sempre trabalhando para os fiéis e circulam histórias sobre como Deus está realmente fazendo coisas maravilhosas entre eles, porque eles são 'a verdade'. Certa mística é, portanto, conferida à organização, o que é muito sedutor para o novo recruta."

O arcebispo Robert Sarah, de Conacri, Guiné, falando dos movimentos católicos, afirmou: "É maravilhoso ver que o Espírito é mais forte que os nossos planos e que ele atua em nossas comunidades cristãs como nunca poderíamos imaginar". Concordo que os planos dos movimentos da ICAR são mais fortes do que ela poderia ter imaginado, mas não é o Espírito Santo que está fazendo o trabalho. É o espírito do Anticristo. Esteja certo, Roma não permitirá de forma alguma que quaisquer trabalhos se desenvolvam sem que ela tenha a mão neles! O cardeal Jean Marie Lustiger, arcebispo de Paris, explica melhor:

"A missão do bispo não é apenas autenticar o dom de Deus para o bem daquele que o recebe, mas também ajudar a colocá-lo a serviço de todos, e da paz e unidade na Igreja. É sua responsabilidade assegurar que a sua fecundidade trará os frutos que Deus deseja. Se este não for o caso, o dom poderia ser perdido ou pervertido."

Os dons que o falso espírito proporciona à ICAR podem ser "perdidos ou pervertidos", mas nós, que somos cristãos e os recebemos do verdadeiro Espírito, sabemos que "Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação." [Tiago 1:17].

[Sítio da CL na Internet: http://www.cl.org.br/.].
Neocatecumenato (ou Caminho Neocatecumenal)

O Neocatecumenato, fundado e dirigido pelo pintor espanhol Francisco Argüello, conhecido como Kiko, e Carmen Hernandez, surgiu nos cortiços dos guetos de Madri em meados dos anos 60. Ele foi fundado para:

"... ajudar os paroquianos a mudar de um plano pastoral sacramental para outro, de evangelização nesta sociedade descristianizada. Um plano pastoral segundo o modelo da igreja dos cristãos primitivos, onde aqueles que queriam ser cristãos deviam primeiro ser catecúmenos, ou seja, tinham de seguir um caminho de formação" [NA: Não existe nada parecido com um 'caminho de formação' nas Escrituras.].

Depois de se transferir para a Itália, os ensinamentos de Argüello se espalharam como um incêndio florestal na América do Sul e em partes da Europa. Cerca de um milhão de pessoas em mais de cem países já pertencem ao movimento; milhares de padres, dezenas de seminários e milhares de paróquias em todo o mundo decidiram seguir 'o Caminho'.

"O Caminho Neocatecumenal se espalhou por 105 países nos cinco continentes, com quase 15.000 comunidades. Ele também está representado em 800 dioceses e 5.000 paróquias. Ele ajudou a abrir 35 seminários missionários diocesanos pelo mundo afora. Existem famílias com filhos que deixam tudo — amigos, lar, emprego — para se estabelecerem em áreas mais problemáticas do mundo. No momento, são mais de 400."

Os papas Paulo VI e João Paulo II deram sua aprovação e apoio a esse movimento. A taxa de crescimento não mostra sinais de arrefecimento. Argüello afirma que o Catecumenato é uma "antiga fórmula, mas da forma como é oferecida hoje, tem um sabor tão novo que o povo pode ser tão surpreendido ao ponto de se lançar na busca real do Caminho e das duas pessoas que começaram tudo". Assim sendo, qual é a fórmula antiga de que Argüello está falando?

"É um caminho para a conversão onde a pessoa redescobre as riquezas do batismo. O processo de secularização em curso leva uma grande quantidade de pessoas a abandonar a fé e a Igreja. Talvez esta seja a razão pela qual o Senhor nos incitou a estabelecer um itinerário de formação, por meio do qual podemos ajudar a renovar o Concílio e pavimentar um caminho para aqueles que se desgarraram."

Este movimento foi criado para enfocar pessoas como eu, que deixaram o catolicismo. Eles sentem que nós "abandonamos" a "fé" porque fomos "mal educados" na história do catolicismo romano. Eles crêem que se apenas lêssemos os "pais da Igreja" e sua "história da Igreja", voltaríamos correndo para Roma. Como estão enganados!!

Quando questionado sobre "a ligação entre o Caminho do Neocatecumenato e o catecumenato da igreja primitiva", Argüello respondeu:

"Na igreja primitiva, no meio do paganismo, uma pessoa que queria se tornar cristã tinha de seguir uma instrução no cristianismo que se chamava 'catecumenato', da palavra catecheo, que significa 'Eu proclamo' e 'Eu escuto'. Mas, poderíamos perguntar: 'Escutar o quê?' Não apenas Deus falando por meio das Escrituras: um catecúmeno é alguém que aprendeu a ouvir Deus falando por meio da história."

Observe a tentativa astuta de desviar os homens das Escrituras somente e envolve-los nas tradições. Então "vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações." O "catecúmeno" é alguém que "aprendeu a ouvir Deus falando ao longo da história". Que história é essa? A história de Roma, é claro, e de seus "pais da Igreja" escolhidos. Com todas as armações e mentiras, como poderia alguém confiar em qualquer coisa que ela diz? A verdade é que Roma quer tirar todos nós, ex-católicos, da Palavra de Deus, e nos levar para suas tradições e história. Recebo centenas de cartas de católicos que me enviam citações dos "pais da igreja primitiva". Todos têm uma coisa em comum, desafiam a doutrina da "sola Scriptura", ou seja, somente a Escritura. Vão ao ponto de dizer que a fé dos cristãos na Palavra de Deus é "heresia". Elas continuamente negam nosso direito de ler e estudar a Palavra com a ajuda do Espírito Santo, ainda que a Palavra de Deus nos ordene a fazer exatamente isso. Eles insistem que somente o magistério de ensino da Igreja Católica tem o direito de interpretar a Escritura. Eles são os maiores aproveitadores da 'interpretação privativa', sendo que Deus ensina claramente que "... nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação." [2 Pedro 1:20]. Temos a promessa de Deus de que sua Palavra "... não há de passar." [Mateus 24:35].

Na Bíblia, quando um pagão queria se tornar um cristão, tudo o que ele tinha de fazer era crer! Vejamos alguns exemplos. Em Atos 16:30-31, Paulo é interrogado pelo carcereiro: "... que é necessário que eu faça para me salvar?"

Paulo não menciona essas instruções chamadas "catecumenato" como um pré-requisito para que alguém se tornasse cristão. Romanos 10:9 afirma claramente: "Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." Em Atos 8 lemos sobre um eunuco que estava lendo o livro de Isaías mas não o compreendia porque ainda não era nascido de novo:

"E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus". O eunuco creu e pediu a Filipe: "Eis aqui água. Que impede que eu seja batizado? E Filipe disse: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso continuou o seu caminho."

Observe que assim que o eunuco saiu da água, Filipe não estava lá. O eunuco era agora nascido de novo e tinha o Espírito Santo para ensiná-lo. Não havia necessidade de que Filipe ficasse e lhe ensinasse "os sacramentos" ou o "catecumenato". Não havia estágios para o eunuco percorrer. Ele ouviu o testemunho de Jesus e creu e foi salvo. Filipe deixou o eunuco com a Palavra de Deus e o Espírito Santo para ensiná-lo, e o eunuco seguiu o seu caminho jubiloso!

Vamos examinar mais de perto a explicação de Argüello sobre o catecumenato.

"O catecumenato primitivo tinha primeiro um pré-catecumenato, depois o catecumenato, a eleição e o noviciado. Todos os termos indicam momentos de passagem. O problema é que durante cerca de dezesseis séculos não houve catecumenato na Igreja. Ninguém mais sabe o que é. Somos daqueles que o estão recuperando após dezesseis séculos."

Que triste comentário esse de Argüello, que a Igreja Católica teve de esperar dezesseis séculos para que surgisse alguém e restaurasse o "catecumenato"! Se a ICAR não tivesse negado a Palavra de Deus ao povo durante vários séculos, ele teria sido instruído na verdadeira fé que uma vez foi dada aos santos. [Judas 3].

"O que a igreja primitiva tinha era um kerygma, uma proclamação de salvação. Essa proclamação dos evangelhos era feita por apóstolos itinerantes, como Paulo e Silas e produzia uma mudança moral naqueles que a ouviam. Eles mudavam suas vidas com a ajuda do Espírito Santo que acompanhava os apóstolos. Essa vida mudada era selada e auxiliada por meio dos sacramentos. Concretamente, o batismo era dado em estágios. O Caminho Neocatecumenal quer trazer de volta essa 'gestação', essa síntese de kerygma, vida e liturgia mudadas."

A mudança moral que ocorre em um crente nascido de novo é produzida pelo Espírito Santo que habita nele. Argüello afirma que a vida transformada é "selada e auxiliada pelos sacramentos". As Escrituras não usam, nem mesmo uma só vez, o termo "sacramento". Essa é uma invenção pagã! Um sacramento é algo que alguém faz para adquirir graça. Graça é favor imerecido. Você não pode adquirir graça! Isso é um oxímoro! Somos selados com o Espírito Santo da promessa quando cremos. "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa." [Efésios 1:13].
Argüello vai mais além, dizendo:

"O Caminho Neocatecumenal não objetiva ser um movimento em si mesmo, mas a ajudar as dioceses e paróquias a abrir um caminho de iniciação que tenha como propósito evangelizar as pessoas de hoje... e expressa sua esperança de que irmãos no episcopado, ao lado de seus presbíteros, apreciarão e ajudarão esta obra para a nova evangelização. Ele é um instrumento ao serviço dos bispos e padres de paróquia para trazer de volta à fé os muitos que a abandonaram."

Infelizmente, muitos que abandonaram o catolicismo ainda não receberam a Jesus como seu Senhor e Salvador. Eles serão presas fáceis. Para aqueles entre nós que conhecem a Jesus, não há mentira ou truque que possa afastar os corações da Palavra de Deus. O Espírito Santo está sempre conosco, guiando-nos por meio da Sua Palavra. Sua Palavra é a lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho.

Argüello mencionou que famílias pertencentes ao Caminho deixaram tudo para partir em missão. Quando perguntado sobre a razão para fazerem isso, Argüello respondeu: "Por gratidão. Porque eles foram salvos e querem compartilhar a salvação com outros." O que Argüello está afirmando aqui é contrário à doutrina católica. É considerado 'pecado de presunção' considerar que alguém esteja salvo. Nem mesmo o papa sabe aonde vai quando morrer. Madre Teresa não sabia para aonde estava indo quando morreu. Estará Argüello sendo sincero neste ponto? Como fundador do Neocatecumenato, você não acha que ele deveria saber o que Roma ensina sobre a salvação? Como pode esse homem instruir outros no 'catecumenato' quando ele mesmo não sabe?

Como dissemos no princípio deste artigo, somente no Brasil 600.000 pessoas deixam a Igreja Católica a cada ano. Essas estatísticas levaram os bispos católicos a pedir que o Vaticano fizesse alguma coisa.

"As periferias de muitas cidades, na América do Sul, por exemplo, estão sendo invadidas por 'seitas' (protestantes). Os bispos pediram ajuda, devido ao fato de que existem grandes povoamentos sem a presença da Igreja. Assim, famílias são enviadas, com a bênção do Santo Padre, as quais, por meio de seu testemunho e da Palavra começam a evangelizar nas áreas mais pobres e formam pequenas comunidades cristãs. Então os bispos, graças também aos seminários Redemptoris Mater, enviam padres, de forma que novos paroquianos surgem, dando oportunidade a muitas pessoas que tinham migrado para as seitas retornarem à Igreja, como está acontecendo de fato, por exemplo, entre a população carente das docas de Guayaquil, no Equador, entre os 'pueblos jóvenes' de Lima, no Peru, entre os mineiros de Coronel, no Chile etc.".

Durante o recente Congresso Eucarístico Italiano, em Bolonha, os fundadores e as pessoas encarregadas dos movimentos e os novos corpos eclesiásticos se encontraram pela primeira vez. Qual foi o significado desse encontro? Argüello responde:

"Foi muito importante. Somos testemunhas de um grande evento: o Espírito Santo está soprando fôlego em sua Igreja, a despeito de nossos pecados, para dar-lhe assistência. Nossa experiência em todo o mundo é que sempre encontramos ajuda em outros grupos e movimentos, da Comunhão e Liberação nas universidades, os padres da Opus Dei nas paróquias, o Focolare, os Carismáticos etc. É importante e fonte de enriquecimento saber como ajudar a si mesmo: DENTRO DA DIVERSIDADE, EXISTE APENAS UMA MISSÃO QUE TODOS NÓS TEMOS DIANTE DO MUNDO."

Como é verdadeira esta última afirmação! De fato eles têm apenas uma missão, e essa missão é colocar o mundo todo em submissão ao papa. Eles são as marionetes de Roma e ela está puxando os cordões. Eles pensam que prestam serviço a Deus e ignoram que servem ao Anticristo. Eles são os construtores da nova religião mundial.

Será que o Neocatecumenato também pratica as experiências de imersão total, colocando o indivíduo em um ambiente controlado? A resposta é: "Sim, pratica." Argüello explica:

"Esta fase kerygmática termina com um retiro de três dias durante o qual se forma a comunidade que começa os diferentes estágios de pré-catecumenato, catecumenato, eleição etc., a qual é guiada pela mesma equipe de catequistas em comunhão com o padre paroquial."

É um plano muito vasto e engenhoso que Roma visualizou para declarar sua 'guerra santa'. "As palavras da sua boca eram mais macias do que a manteiga, mas havia guerra no seu coração: as suas palavras eram mais brandas do que o azeite; contudo, eram espadas desembainhadas." [Salmos 55:21]. Enquanto o papa sorri para o mundo e brada: "Paz", ele e seus asseclas conspiram para vencer todos os que se opõem ou tentam se libertar de Roma. Provérbios 5 descreve o catolicismo romano perfeitamente:

"Pois os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave que o azeite. Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes. Os seus pés descem para a morte; os seus passos estão impregnados do inferno. Para que não ponderes os caminhos da vida, as suas andanças são errantes: jamais os conhecerás. Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos, e não vos desvieis das palavras da minha boca. Longe dela seja o teu caminho, e não te chegues à porta da sua casa."

Para saber mais sobre o Neocatecumenato: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caminho_Neocatecumenal


Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.

Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza de que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser saber como nascer de novo, vá para nossa Página da Salvação agora.

Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia-a-dia.

Que Deus o abençoe.
Autora: Rebecca A. Sexton
Tradução: Ethel Garcia
Data de publicação: 25/11/2008
Transferido para a área pública em 6/7/2009
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/rc145.asp