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Você Irá Sofrer | John Piper - legendado em português

Pastor John Piper - Ajudando Nossos Filhos Amarem o Evangelho - Legendado em portugues

O Cordão de Três Dobras – por Luciano Subirá


A Bíblia diz em Eclesiastes 4.9-12 que “melhor é serem dois do que um”, mas termina falando sobre o cordão de três dobras e revelando que é melhor serem três do que dois. Fica implícito que a conta de uma terceira dobra no cordão está mostrando que o “time” aumentou.

“Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade.” (Eclesiastes 4.12)

Salomão afirma que se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão. Isto mostra que um cordão dobrado oferece maior resistência. Porém, ao acrescentar-se uma terceira dobra, ele fica ainda mais resistente! Se há benefícios em ser dois, há muito mais em ser três!

Como já afirmamos, Salomão não fez esta afirmação direcionada exclusivamente ao casamento; ele fala de relacionamento de um modo geral. E, em qualquer relacionamento, a terceira dobra poderia ser mais uma pessoa. Porém, quando examinamos a revelação bíblica acerca do casamento, descobrimos que, no modelo divino, deve sempre haver a participação de uma terceira parte. E isto não fala da presença de algum filho e nem tampouco de um (abominável) triângulo amoroso! Fala da participação do Senhor no casamento.

A presença de Deus é a terceira dobra e deve ser cultivada na vida do casal. Adão e Eva não ficaram sozinhos no Éden, Deus estava diariamente com eles e, da mesma forma como idealizou com o primeiro casal, Ele quer participar do nosso casamento também!

Vemos esta questão do envolvimento de Deus na união matrimonial sob três diferentes perspectivas:

1. Deus como parte do compromisso do casal;

2. Deus como fonte de intervenção na vida do casal;

3. Deus como modelo e referência para o casal.

UMA DUPLA ALIANÇA

Como já afirmamos no primeiro capítulo, o casamento é uma aliança que os cônjuges firmam entre si e também com Deus. O Senhor, através do profeta Malaquias, referiu-se ao casamento como sendo uma aliança entre o homem e a sua mulher:

“Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança”. (Malaquias 2.14)

A esposa foi chamada por Deus como “a mulher da tua aliança”, o que deixa claro qual é o enfoque bíblico do casamento. Esta aliança matrimonial não é apenas uma aliança dos cônjuges entre si, mas do casal com Deus. O matrimônio, portanto, é uma dupla aliança. Malaquias diz que Deus se faz presente testemunhando a aliança do casal. O mesmo conceito também nos é apresentado no livro de Provérbios:

“Para te livrar da mulher adúltera, da estrangeira, que lisonjeia com palavras, a qual deixa o amigo da sua mocidade e se esquece da aliança do seu Deus”. (Provérbios 2.16,17)

Novamente as Escrituras condenam o abandono ao cônjuge, pois neste texto, assim como em Malaquias, a infidelidade é abordada. Nesta situação, é a mulher quem foi infiel ao amigo de sua mocidade e é chamada de alguém que se esqueceu da aliança do seu Deus. A palavra “aliança”, neste versículo de Provérbios, fala não apenas da aliança entre os cônjuges, mas da aliança deles com Deus. Fala da obediência que alguém deve prestar à Lei do Senhor e também se refere ao matrimônio como uma aliança da qual Deus quer participar.

No Antigo Testamento vemos Deus, por intermédio de Moisés, seu servo, entregando a Israel dez mandamentos que se destacavam de todos os demais. Eles foram chamados de “as palavras da aliança”:

“E, ali, esteve com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água; e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras”. (Êxodo 34.28)

Um destes mandamentos mostra que preservar o casamento não é apenas uma obrigação da aliança contraída entre os cônjuges; é parte da aliança firmada com o próprio Deus: “Não adulterarás” (Êx 20.14). As ordenanças do Senhor foram escritas (incluindo a ordem de não adulterar) e o livro onde foram registradas passou a ser chamado de “o livro da aliança”:

“Moisés escreveu todas as palavras do Senhor… E tomou o livro da aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o Senhor faremos e obedeceremos. Então, tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras.” (Êxodo 24.4a,7,8)

Portanto, o casamento é uma dupla aliança; é uma aliança dos cônjuges entre si, mas também é uma aliança de ambos com Deus. Logo, o Senhor está presente na aliança, no compromisso do casamento. Esta é uma das formas em que Deus pode ser a terceira dobra no relacionamento conjugal.

EDIFICAR COM A BÊNÇÃO DE DEUS

Outra forma como Deus pode e quer participar no casamento é podendo intervir, agir em nossas vidas e relacionamento conjugal. Não temos a capacidade de fazer este relacionamento funcionar somente por nós mesmos; aliás, temos que admitir nossa dependência de Deus para tudo, pois o Senhor Jesus Cristo mesmo declarou: “sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). A Palavra de Deus nos ensina que precisamos aprender a edificar com a bênção de Deus, e não apenas com nossa própria força e capacidade:

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” (Salmo 127.1)

“Edificar a casa” é uma linguagem bíblica para a construção do lar, não do prédio em que se mora. Provérbios 14.1 declara que “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba”. Isto não quer dizer que temos uma mulher “pedreira” e outra “demolidora”, pois o texto fala do ambiente do lar e não de um edifício físico.

Há ingredientes importantes para edificação da casa (Pv 24.3), mas o essencial é cultivar diária e permanentemente a presença de Deus.

PARECIDOS COM DEUS

Uma outra maneira como Deus se torna parte em nosso casamento é como modelo e referência para nossas vidas. O Senhor é o padrão no qual devemos nos espelhar!

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados.” (Efésios 5.1)

O Novo Testamento revela com clareza que o plano divino para cada um de nós é conformar-mo-nos com a imagem do Senhor Jesus Cristo:

“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Romanos 8.29)

As Escrituras declaram que fomos “predestinados” (destinados de ante-mão) para sermos conformes à imagem de Jesus! Cristo é nosso referencial de conduta; o apóstolo João declara que “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1 Jo 2.6). O apóstolo Pedro afirmou que devemos seguir os Seus passos, o que significa: caminhar como Ele caminhou (1 Pe 2.21). A transformação que experimentamos na vida cristã é progressiva (a Bíbia chama “de glória em glória) e tem endereço certo: tornar-nos semelhantes a Jesus (2 Co 3.18).

O Senhor Jesus atribuiu ao “coração duro” o grande motivo da falência do matrimônio (Mt 19.8). As promessas de Deus ao Seu povo no Antigo Testamento eram de um transplante de coração (Ez 36.26); o Senhor disse que trocaria o coração de pedra (duro, da natureza humana decaída) por um coração de carne (maleável, com a natureza divina). A nova natureza deve afetar nosso casamento. Se Deus passar a ser o modelo ao qual os cônjuges buscam se conformar, certamente se aproximarão um do outro e viverão muito melhor!

Pense em dois cônjuges cristãos manifestando as nove características do fruto do Espírito (Gl 5.22,23): “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”. Se manifestarmos a natureza de Deus, andaremos na plenitude do propósito divino para os relacionamentos.

Cresci ouvindo meu pai dizer (e aplicar em relação ao casamento) o seguinte: “Quando duas coisas se parecem com uma terceira, forçosamente serão iguais entre si”. Ele dizia que se o marido e a mulher vão se tornando parecidos com Deus, então eles ficam mais parecidos um com o outro. No ano de 1995, quando eu era ainda récem-casado, eu vi num curso do “Casados Para Sempre”, ministrado pelo Jessé e Sueli Oliveira (hoje presidentes nacionais do MMI – Marriage Ministries Internacional), uma ilustração interessante: um triângulo que tinha na ponta de cima palavra “Deus” e nas duas de baixo as palavras “marido” e “esposa”. Nesta ilustração eles nos mostraram que quanto mais o marido e a esposa subiam em direção a Deus, mais próximos ficavam um do outro. Nunca mais eu a Kelly esquecemos este exemplo.

Quero falar de apenas três (entre muitos) valores que encontramos na pessoa de Deus e que deveríamos reproduzir em nossas vidas. Certamente muitos casamentos podem ser salvos somente por praticar estes princípios: amar, ceder e perdoar.

Amar

Se Deus será parte de nosso casamento como modelo e referência, então temos que aprender a andar em amor, uma vez que as Escrituras nos revelam que Deus é amor (1 Jo 4.8). A revelação bíblica de que Deus é amor não foi dada apenas para que saibamos quem Deus é, mas para que nos tornemos imitadores d’Ele:

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” (Efésios 5.1,2)

Há diferentes palavras usadas no original grego (língua em que foram escritos os manuscritos do Novo Testamento) para amor: “eros” (que retrata o amor de expressão física, sexual), “storge” (que fala de amor familiar), “fileo” (que aponta para o amor de irmão e/ou amigo), e “ágape” (que enfoca o amor sacrificial). Quando a Bíblia fala do amor de Deus, usa a palavra “ágape”; este é o amor que devemos manifestar! Ao escrever aos coríntios, o apóstolo Paulo ensina como é a expressão deste amor:

“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13.4-7)

Se imitarmos a Deus e manifestarmos este tipo de amor, as coisas certamente serão bem diferentes em nosso matrimônio!

Ceder

A grande maioria das brigas e discussões gira em torno de quem está certo, de quem tem a razão. Muitas vezes, não vale à pena ter a razão; há momentos em que a melhor coisa é ceder, quer isto seja agradável, quer não! Observe o que Jesus Cristo nos ensinou a fazer:

“Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.” (Mateus 5.39-41)

Se seguirmos a Deus, como nosso modelo e referencial, e aos seus princípios, o casamento tem tudo para funcionar. O matrimônio não é um desafio por causa da pessoa com quem convivemos, e sim porque este convívio suscita nossa carnalidade e egoísmo e mostra quem nós somos! A dificuldade não está no cônjuge e sim em nossa inaptidão em ceder. Se amadurecermos nesta área, nossa vida conjugal definitivamente colherá os frutos.

Perdoar

Se imitarmos nosso modelo e referencial, que é Deus, e perdoarmos como Ele perdoa – como um ato de misericórdia e não de merecimento, incondicional e sacrificialmente – levaremos nosso relacionamento a um profundo nível de cura, restauração e intervenção divina. A instrução bíblica é muito clara em relação a isto:

“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Efésios 4.32)

Concluindo, sem Deus (presente, intervindo e como nosso referencial) no casamento será impossível viver a plenitude do propósito divino para o matrimônio. Mesmo um casal que nunca se divorcie, viverá toda sua vida conjugal aquém do plano de Deus; por melhor que pareça sua relação matrimonial aos olhos humanos, ainda estará distante do que poderia e deveria viver.

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Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

Halloween – por Davi de Sousa


A comemoração do Dia das Bruxas tem se tornado mais popular a cada ano nas escolas brasileiras. Sua celebração, porém, tem um conteúdo espiritual que é desaprovado pela Palavra de Deus. A palavra Halloween tem sua origem na contração feita de maneira errada da expressão “All Hallows Eve”, que significa: “Dia de todos os santos” e que corresponde ao dia 10 de novembro, em que no catolicismo é reverenciado os santos mortos.

A celebração anual do Halloween ou “Dia das Bruxas” tem se tornado muito comum em alguns países e também, nos últimos anos, no Brasil, principalmente através da rede de escolas públicas e privadas do nosso país. Mas, afinal, que celebração é essa? Qual a sua origem? Trata-se apenas de uma festa ingênua ou contém uma influência espiritual em sua essência? Qual deve ser a posição dos cristãos quanto a essa celebração?

ORIGEM

Superstições e influências de várias culturas uniram-se, através dos séculos, criando o Halloween – “Dia das Bruxas”, comemorado no dia 31 de outubro. A festividade do Halloween tem suas raízes nos festivais de outono dos celtas (povo do hemisfério norte). Os celtas viveram há centenas de anos onde hoje é a Grã Bretanha e o norte da França. Eram idólatras animistas, pois adoravam a natureza e tinham o deus sol como divindade favorita. Seus sacerdotes eram chamados de druidas, influentes “guias espirituais” e dados a magia e feitiçaria.

Os celtas criam que o ano novo deveria ser comemorado na última noite de outubro, pois acreditavam que o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se tornava mais frágil, sendo essa noite a ideal para se comunicar com os que já morreram. Acreditavam também que os espíritos dos mortos voltavam ao antigo lar procurando algum contato com entes queridos. Se os vivos não providenciassem alimentos para esses espíritos, coisas terríveis poderiam lhes acontecer. E pior: se não lhes fosse oferecida uma festa nessa data, atormentariam os vivos. Seria uma noite de medo. Os aldeões, amedrontados, acendiam fogueiras para honrar o deus sol, sacrificando-lhes animais e oferecendo-lhes parte das colheitas porque temiam que os espíritos matassem seus rebanhos e destruíssem suas propriedades. A fim de “enganar os espíritos”, eles passaram a se vestir com roupas negras e com máscaras, saindo em desfiles barulhentos pelas ruas, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de “assustar e amedrontar os espíritos que estavam à procura de corpos para possuí-los”. Ofertavam, então, seus sacrifícios em altares adornados com maçã, simbolizando a vida eterna. O vinho era substituído pela cidra, ou suco da maçã – tudo isso misturado com muita música e dança.

Nesta mesma época do ano, os povos latinos e em especial os romanos comemoravam, o festival de “Pomona”, deusa das frutas e dos jardins. Era uma ocasião de festa e alegria, pois estava relacionada com as colheitas. A maçã e as nozes eram ofertadas aos deuses romanos em grandes fogueiras como um gesto de agradecimento por causa da boa colheita do ano anterior. Essa celebração tinha também seu aspecto místico, com espíritos e bruxas presentes rondando as festividades.

A PRESENÇA DAS BRUXAS

Bruxas e feiticeiras sempre foram vistas como adoradoras de demônios e detentoras de poderes mágicos e ocultos. Na Idade Média eram consideradas perigosas, pois se agrupavam em comunidades anticristãs. Elas se apresentavam com chapéus pontudos, duendes, poções mágicas, corvos, sapos e vassouras voadoras. Eram conhecidas pela capacidade de manipular poderes sobrenaturais, provocando horríveis tempestades e causando mal às pessoas.

No século XV, XVI e XVII houve uma grande perseguição às pessoas envolvidas com bruxaria por parte da Igreja Católica Romana, levando à morte milhares. Embora inicialmente a Igreja Católica condenasse os festivais como o de “Pomona”, não foi capaz de reprimi-lo por completo e, então, acabou por incorporá-lo ao calendário cristão. O grande festival celta em homenagem aos mortos, “Samhain”, foi adotado como o “dia de todos os santos” em 1o. de novembro, passando a ser celebrado em homenagem a todos os “santos e santas” que já haviam morrido.

É importante notarmos a postura que a Igreja Católica assumiu, pois aquilo que era tão proibido e motivo até de perseguição passou ser cultuado a ponto de tornar-se o famoso feriado de “finados”, dia consagrado a cultuar os mortos.

A CELEBRAÇÃO HOJE

Atualmente, um dos maiores divulgadores do Halloween tem sido o sistema de escolas públicas na América do Norte e Europa, patrocinando as atividades dessa festa através de concursos de fantasias, danças, carnavais, exposições de arte e artesanatos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Halloween é celebrado como um dia de festa, assombrações, truques e magias.

O Halloween é também o dia em que as crianças saem às ruas para praticar o “trick-or-treting” (travessuras-ou-gostosuras: dê-nos coisas gostosas ou faremos travessuras). Esse costume surgiu no século IX na Europa, onde no dia 2 de novembro era celebrado o “Dia de todas as almas” ou o “Dia dos mortos”. Nessa data os cristãos andavam de vila em vila para ganharem tortas de pão e groselha. Quanto mais tortas recebiam, mais orações eles prometiam fazer em memória dos parentes mortos daqueles que doavam as tortas. Naquela época acreditavam que os mortos ficavam num “limbo” por um período de tempo após a morte e que através das orações, mesmo de estranhos, aconteceria a passagem do limbo para o céu.

AS LANTERNAS DE JACK

Muitos agricultores apóiam o Halloween, uma vez que a abóbora é acessório indispensável, especialmente nos Estados Unidos, para a confecção das “lanternas de Jack”. Trata-se de uma abóbora sem miolo em forma de caveira com uma vela acesa dentro, que tem o objetivo de “expulsar os maus espíritos e os duendes que vagueiam pelas noites”. Esse costume tem origem no folclore irlandês. Segundo a lenda, um homem chamado Jack, notório beberrão e trapaceiro, certa ocasião esculpiu a imagem de uma cruz no tronco de uma árvore e a acendeu com fogo como uma armadilha para prender o diabo que estava na mesma. Mas Jack acabou fazendo uma acordo com o diabo: se o demônio nunca o atormentasse, Jack apagaria a cruz e o deixaria descer da árvore. Conforme o acordo, depois que Jack morreu, sua entrada no céu foi negada por causa do seu trato com o diabo. Também lhe foi negada a sua entrada no inferno por ter enganado o diabo. Foi então que o demônio ofereceu-lhe uma vela para iluminar seu caminho através da fria escuridão. Jack colocou a vela dentro de um grande nabo a fim de mantê-la acesa por mais tempo, esculpido até ficar oco para dar passagem à claridade. Originalmente os irlandeses usavam nabos para fazerem suas lanternas de Jack, porém quando os imigrantes chegaram aos Estados Unidos, eles começaram a usar as abóboras, muito mais adequadas, que passaram a ser o símbolo mais marcante do evento.

O QUE DIZ A BÍBLIA

O envolvimento das pessoas de todas as classes sociais com toda sorte de “ocultismo camuflado” está mais intenso em nossa época do que em qualquer outra. A quiromancia (predição do futuro pela leitura das mãos), a astrologia (predição do futuro pela influência dos astros), a cartomancia (predição do futuro através da manipulação de cartas) e a necromancia (predição do futuro pela invocação dos mortos) têm se tornado moda e parte integrante de nossa cultura. Os meios de comunicação constantemente têm enaltecido os videntes, magos, fadas, gnomos, duendes ou os cristais, que insistem em prometer fazer aquilo que cabe só a Deus: prever o futuro.

Com essa grande variedade de práticas ocultistas, consolida-se o irresistível gosto popular pelo Halloween, tanto divulgado atualmente nas escolas brasileiras. Aqui em nosso país, assim como em todo o mundo, nem mesmo as crianças são poupadas do ocultismo. O mais novo best-seller da literatura infantil, por exemplo, é uma série que tem um “bruxinho” chamado Harry Potter como protagonista. Os volumes da coleção ocupam sempre a primeira posição em vendas do mundo na categoria infantil.

A celebração do Halloween deve ser, portanto, reprovada pelos cristãos, pois está intimamente associada à necromancia (tentativa de comunicação com os mortos), crença espírita de que o morto é um mensageiro e deseja trazer algum recado celestial, um ensinamento ou um aviso. A pessoa que até mesmo por brincadeira se entrega a estes contatos, deve conscientizar-se de que essas manifestações não são provenientes de espíritos de mortos, pois quem morreu não está à disposição de evocações, conforme lemos:

“…aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo” ( Hebreus 9.27 )

Sem percebermos, nossos filhos têm sido envolvidos por um emaranhado de informações enganosas e diabólicas, que têm se apresentado apenas como uma “brincadeira inocente”. Aliás, não é de se estranhar, pois a palavra de Deus declara que “Satanás se apresenta como um Anjo de Luz” (2 Co 11.14,15).

A Palavra de Deus declara o seguinte sobre tais práticas:

“Quando, pois, vos disserem: consultai os que têm espíritos familiares e aos adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Isaías 8.19,20)

“Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, a não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou irritaremos ao Senhor? Somos nós mais fortes do que Ele? Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas edificam” (1 Coríntios 10.20-23)

Vivemos dias em que há uma forte tendência, mesmo dentro da Igreja, de aceitar os valores e práticas do mundo como algo absolutamente normal. Precisamos entender que há uma intensa guerra espiritual sendo travada, na qual o nosso inimigo tem se utilizado de artifícios extremamente sutis a fim de enganar o povo que se chama pelo nome do Senhor.

A Palavra de Deus declara que nos últimos tempos a iniqüidade se multiplicaria, e que se tornaria mais patente a diferença entre aqueles que caminham com Deus e aqueles que não o fazem. É exatamente por isso que o apóstolo Paulo nos exorta:

“…Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras e Eu vos receberei, serei vosso Pai e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”. (2 Coríntios 6.17 e 18)

Muitos têm dificuldade em se posicionar e agem como se tudo estivesse no campo do “relativo”. Porém a Bíblia é clara ao nos advertir sobre as coisas que são abomináveis ao Senhor. O próprio Deus exige da Sua Igreja um posicionamento sério,para que o mundo saiba quem nós somos:

“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal; que fazem da escuridão luz e da luz escuridão; põem o amargo por doce e o doce por amargo” (Isaías 5.20)

“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim porque és morno e nem és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (Apocalipse 3.15,16)

Que o Senhor nos faça entender que “refletir Sua glória nesta terra exige um alto preço!” É importante que nos posicionemos juntamente com nossos filhos e os levemos a entender que não se trata apenas de ir contra a alguns valores culturais, mas de assumirmos um posicionamento cristão consciente de não nos moldarmos e nem nos contaminarmos com as iguarias do deus deste século. É somente assim que o mundo nos reconhecerá como uma voz profética nesta terra.

“E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Romanos 5.11)

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Davi de Sousa é pastor da Comunidade Nova Aliança em Londrina/PR desde 1998 e um dos integrantes da Equipe Apostólica do MFI-Brasil. É casado com Mônica e tem 3 filhos: Pedro, Ana e André.

CAMINHOS PARA A INTIMIDADE DE DEUS


SERMÃO ESCRITO:


Marcelo Gomes


TEXTO:



Êxodo 3:1-14



Introdução



A intimidade de Deus é um dos grandes desafios da fé cristã. É o caminho para o estabelecimento de uma relação de amizade com Deus contra toda tentação de uma ênfase na mera religiosidade.



A Palavra de Deus aponta várias vezes para o desafio da intimidade

Sl 25:14 – “a intimidade do Senhor é para os que o temem...”

Rm 8:15 – “porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai.”

2 Co 5:18-19 – “tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.”

Um dos principais modelos bíblicos de intimidade com Deus foi Moisés:

Ex 33:11 – “falava o Senhor com Moisés face a face, como qualquer um fala ao seu amigo.”

Ex 33:15-16 – (depois da manifestação de Deus em não acompanhar o povo até a terra) – “Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar. Pois como se há de saber que achamos graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Não é, porventura, em andares conosco, de maneira que somos separados, eu e o teu povo, de todos os povos da terra?

Ex 33:18 – (depois da concessão de Deus...) – “Rogo-te que me mostres a tua glória.”



Quando me questionam sobre por que Moisés não entrou na Terra, simplesmente respondo: “a terra nunca foi seu objetivo, mas Deus”. Eis sua recompensa.



O caminho de Moisés até a intimidade inclui 40 anos de palácio, uma fuga de última hora para o deserto e 40 anos de deserto até a experiência da sarça. Esta transforma-se no início de uma trajetória de intimidade, revelando indicações preciosas para todos quantos também desejam uma vida de intimidade com Deus.

Caminhos para a Intimidade de Deus



1. Sensibilidade para o novo, o inusitado, o sobrenatural!



Nos vv. 1 a 3 um fenômeno sobrenatural transformou-se em teste de sensibilidade para Moisés: a sarça queimava (fato corriqueiro no contexto do deserto) mas não se consumia (este, sim, o fato inusitado).

● A descoberta do novo não resulta de olhares desatentos, mas contemplativos.

Sl 19:1 – (o salmista contemplou para dizer) – “os céus declaram a glória de Deus...”

Sl 84:3 – “Até o pardal encontrou casa e a andorinha ninho para si...”

● O olhar contemplativo procura pelos sinais da presença e do poder de Deus. Como lembrou João Calvino: O mundo criado é o teatro da glória de Deus!

● A contemplação não é uma experiência de rotina, mas de rompimento. O rompimento com a rotina não é um desafio apenas secular, mas inclusive religioso. Em Lc 13:10ss, por exemplo, Jesus realiza uma cura, num sábado, de uma mulher encurvada havia 18 anos. Os religiosos reprovaram tal gesto que, segundo sua crítica, rompia a agenda religiosa.

● Deus rompe com as rotinas de toda ordem para convidar-nos à novidade de vida

Rm 6:4 – “como Cristo foi ressuscitado pela glória do Pai, assim andemos nós em novidade de vida.”

A sede pelo novo de Deus é caminho para a experiência da Intimidade.



2. Disposição para a santidade, o temor de Deus, a consagração!



Nos vv. 4 a 6 a tentativa de aproximação de Moisés é interrompida pela revelação da santidade de Deus: a terra é santa (santificada, mas não idolatrada), pela presença (santificadora) do Deus de Abraão. Moisés cobriu o rosto e teve medo de olhar para Deus (respeito).

● A aproximação com o Santo não pode ocorrer sem consciência de indignidade.

Jz 13:22 – Disse Manoá a sua mulher (depois de descobrir que o homem era o Anjo do Senhor): Certamente, morreremos, porque vimos a Deus.”

Is 6:5 – “Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!”

● A consciência de indignidade é o caminho da reverência. Emil Bruner adverte que o fim da verdadeira reverência é o fim da verdadeira religião! A verdadeira reverência é também uma descoberta do privilégio da fé.

Sl 112:1 – “Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor e se compraz nos seus mandamentos.”

Sl 128:1 – “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!”

● A descoberta do privilégio da fé conduz a uma decisão de consagração.

Rm 6:1-11 – “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? 2De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?... considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.”

A consagração a Deus é caminho para a experiência da Intimidade.



3. Coragem para o compromisso, o serviço, a adoração como missão!



Nos vv. 7 a 12 o encontro com Deus torna-se desafio de envio e missão. E a prova do envio da parte de Deus é estabelecida como uma oportunidade de um novo encontro no Monte Horebe (movimento cíclico).

● Toda experiência de encontro com Deus será sempre um chamado à Missão. Como dizia Karl Barth: Não se pode ser filho de Deus sem ser um missionário!

Is 6:8 – “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: a quem enviarei e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.”

● Encontros com Deus são indicações do desejo de Deus de manifestar-se ao mundo.

At 9:4-5 – “Saulo, Saulo, por que me persegues? Quem és tu, Senhor? Eu sou Jesus, a quem tu persegues.” – e para Ananias (9:15-16) – “Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome.”

● Todavia, as indicações do desejo de Deus são prova de amor e não de interesse, por isso a chamada ao novo encontro. O amor de Deus estabelece como prova da missão o novo encontro.

A missão como relacionamento (e vice versa) é caminho para a Intimidade de Deus.



4. Desejo de Deus, de Conhecimento de Deus!



Nos vv. 13 e 14 o encontro transforma-se em oportunidade de saber algo mais a respeito de Deus: Qual o teu nome? É a pergunta de Moisés pela identidade do Deus que o envia. Eu sou quem eu sou! É a resposta do Deus cuja identidade é descoberta em relacionamento.

● As experiências com Deus desencadeiam sede de mais conhecimento de Deus. Como num cântico bastante conhecido: “de glória em glória te vejo; quanto mais te conheço, quero saber mais de ti”.

● O conhecimento de Deus deve ser resgatado a partir das bases de um conhecimento pela admiração (antiguidade), em oposição a um conhecimento pela posse (pós-modernidade).

● O conhecimento de Deus intensifica a convicção de necessidade de Deus

Sl 42:1 – “Como suspira a corça pelas correntes de águas, assim por ti, ó Deus, suspira minh’alma.”

Sl 130:6 – “A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã.”

A sede de Deus e de conhecimento de Deus como caminho para a Intimidade de Deus



Conclusão



A intimidade de Deus é um convite gracioso que nos faz por meio de Cristo Jesus. Está disponível e pode ser desfrutado por todos quantos crêem em seu nome. Os caminhos para a experiência plena dessa intimidade, no entanto, devem ser percorridos por cada cristão a exemplo de Moisés e do modelo que se torna para nós a partir de sua própria experiência de intimidade com Deus.

Surgimento dos Protestantes no Brasil


Os evangélicos brasileiros formam um contingente que equivale a duas vezes e meia a população de Portugal. E os números não param de aumentar. Templos gigantescos, controles de meios de comunicação, conversões em massa, representantes no Congresso Nacional. Embora uma explosão numérica tenha acontecido nas últimas décadas, os protestantes aportaram aqui no século XVI, tempo em que os católicos portugueses mal tinham se espalhado pela costa brasileira. A colonização do Brasil, iniciada sob o impacto das disputas entre a igreja de Roma e os protestantes, reproduziu ao longo dos séculos XVI e XVII as querelas religiosas do tempo de Lutero e Calvino. Aceitos no país definitivamente apenas na época de D.João VI, os cristãos reformados chegaram em massa ao Brasil no século XIX. O protestantismo se manifestou de diversas formas até o século XX, quando surgiram os movimentos pentecostais.

Primeiros Mártires Protestantes

A presença protestante no Brasil data do período colonial (1500-1822). Os franceses que invadiram o Rio de Janeiro no século XVI, em busca do pau-brasil e de refúgio religioso, eram huguenotes, isto é, reformados de origem francesa. Foram eles que oficializaram, em 1556, o primeiro culto protestante no Brasil. Disputas religiosas que já vinham da França dividiram, no entanto a comunidade, e os protestantes foram obrigados a voltar para a Europa. Os três religiosos que resistiram à intolerância do comandante Frances Nicolau Villegaingnon foram mortos, e são considerados os primeiros mártires protestantes no Brasil.

No século seguinte, em 1624, os holandeses da Companhia das Índias Ocidentais, interessados no comércio do açúcar e outros produtos tropicais, invadiram a Bahia, eles atacaram Pernambuco em 1630 e conquistaram parte da atual Região Nordeste, onde permaneceram até 1654. Nesse período, organizaram a Igreja Cristã Reformada, que funcionava com uma estrutura administrativa similar à européia, oferecendo escola dominical e evangelização aos indígenas e africanos.

Luta Por Território

Durante o período holandês, especialmente no governo de Maurício de Nassau (1637-1644), experimentou-se pela primeira vez no Brasil um clima de tolerância religiosa. Católicos, protestantes e judeus conviviam então pacificamente. Conforme o historiador Frans Schalkwiijk, citando um pastor holandês da época, “essa liberdade era tão grande que se não achava assim em nenhum lugar”.


Com a expulsão dos holandeses, em 1654, tudo voltou ao que era antes: as congregações reformadas desapareceram da colônia, restando o estigma do protestante estrangeiro, visto como “herege invasor” pelo padre Antônio Vieira (1608- 1697), que vivia na Bahia na época da invasão flamenga. A presença sistemática do protestantismo no Brasil, só ocorreria bem depois, na primeira metade do século XIX, após a chegada da corte portuguesa, em decorrência de uma conjunção de fatores de ordem econômica e política.

A disputa pela hegemonia político-econômica na Europa dos finais do século XVIII, entre a França e a Inglaterra, provocou conseqüências para os países europeus e suas colônias. Encurralada pelo bloqueio continental, imposto por Napoleão em 1807, a Inglaterra encontrou em Portugal uma brecha para não ser asfixiada economicamente. A colônia portuguesa na América seria o escoadouro da sua produção industrial, a solução para o boicote da França. Os interesses britânicos na transferência da corte de d. João para o Brasil culminaram na assinatura, em 1810, de dois tratados: O tratado da Aliança e Amizade e o de Comércio e Navegação. O novo cenário afetaria sobremaneira o quadro religioso brasileiro, tradicionalmente dominado pelo catolicismo.

Tratados de Paz

Como nação protestante, a Inglaterra garantiu para os seus súditos privilégios de caráter religioso sem precedentes, que se opunham frontalmente, aqui, ao monopólio da Igreja Católica. O Tratado de navegação e Comércio declarava em seu artigo 12, que “os vassalos de SM Britânica residentes nos territórios e domínios portugueses não seriam perturbados, inquietados, perseguidos ou molestados por causa de sua religião, e teriam perfeita liberdade de consciência, bem como licença para assistirem e celebrarem o serviço em honra a Deus, quer dentro de suas casas particulares, nas igrejas e capelas...”

Chegada da Igreja Anglicana no Brasil

A partir da primeira década do século XIX, centenas de comerciantes ingleses se estabeleceram na sede da monarquia e nas principais cidades, usufruindo todas as garantias e privilégios a eles concedidos pelo governo luso-brasileiro. Os britânicos estabeleceram a Igreja Anglicana no Rio de Janeiro, a Chist Church, lançando a pedra fundamental do seu templo em 1819. Nas grandes cidades onde havia empreendimentos ingleses, foram construídas capelas, templos e cemitérios britânicos, pois no período as necrópoles estavam sob a guarda da Igreja Católica, que não permitia o enterro dos protestantes nos seus sítios.

Formação das Comunidades Evangélicas

Outro fator que interferiu no quadro religioso foi a política migratória. Buscava-se resolver o problema da mão-de-obra, composta em grande parte por escravos, e os imigrantes europeus eram uma alternativa viável. A colônia de São Leopoldo, criada em 1824 no Rio Grande do sul, compunha-se de católicos e protestantes, especialmente luteranos vindos da Alemanha. Outras colônias alemãs se instalaram em Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os colonos plantavam nas lavouras, fundavam comunidades evangélicas independentes e escolas paroquiais, de língua Germânica para os filhos.

Inicialmente as comunidades evangélicas ficaram praticamente desassistidas, contando com pastores leigos escolhidos entre os próprios colonos, e sem formação teológica. Somente a partir de 1886, a Igreja luterana da Alemanha começou a enviar pastores para o país, fundando-se então a Igreja Evangélica Alemã no Brasil e o Sínodo Rio-grandense. Posteriormente, foram criados sínodos em outras províncias.

Primeiros Missionários Estrangeiros

William Bagby primeiro missionário Batista a chegar ao Brasil e sua esposa.

Um fator que contribuiu para a vinda dos missionários estrangeiros foi o avivamento religioso ocorrido na Europa no final do século XVIII e que se difundiu para os Estados Unidos na virada do Século XIX. Em decorrência do fervor evangelístico, várias sociedades missionárias foram organizadas nas primeiras décadas do século XIX com o objetivo de converter almas.

O contexto socioeconômico e político dos Estados Unidos desempenhou um papel importante nesse processo. Dentre os 10 mil sulistas que deixaram os Estados Unidos após a guerra de Secessão (1861-1865), cerca de dois mil se radicalizaram no Brasil. Faziam parte desse grupo alguns líderes religiosos que não só exerciam funções pastorais, mas se transformaram em verdadeiros agentes a serviço da imigração, a exemplo de Bellard Smith Dunn que se estabeleceu em juquiá, litoral paulista. Para ele, o Brasil era a nova Canaã, a terra prometida onde os derrotados da guerra civil poderiam reconstruir suas vidas.

Outro fator importante foi a intensificação do comércio entre Brasil e Estados Unidos, após 1860. As missões protestantes faziam parte de um movimento de expansão norte-americana na América Latina. Os missionários que chegaram ao Brasil eram homens do seu tempo- da expansão capitalista dos Estados Unidos. Não por acaso, os primeiros missionários batistas a chegarem ao Brasil, desembarcaram no Rio de Janeiro, no navio da companhia da família Levering, família batista que aqui negociava com café.

Inicio da Igreja Presbiteriana e Metodista no Brasil

A Igreja Evangélica Fluminense (congregacional), fundada em 1858 no rio de Janeiro, foi o primeiro grupo protestante de origem missionária no Brasil. Em 1862, estabeleceu-se a Igreja Presbiteriana em São Paulo e a Igreja Metodista. Praticavam uma liturgia copiada do modelo americano e prescreviam uma ética rigorosa, que se definia em oposição à religião do Império, que já consideravam a sociedade brasileira pecadora, atrasada e condenável pela influência do catolicismo.


Oposição e Consolidação da Presença Evangélica no País

A hierarquia católica sempre reagiu à concorrência, porém nenhum outro fato agravou tanto as tensas relações entre católicos e protestantes no Brasil quanto à aprovação, pelo Senado imperial, da liberdade de culto. Quando da tramitação do projeto em 1888, o arcebispo-primaz no Brasil protestou com veemência contra aquilo que em sua opinião, “dissolveria entre os brasileiros a unidade de doutrina em matéria de fé”. Com o advento da República-que separou a Igreja do Estado- caíram as últimas amarras jurídicas que cerceavam a atuação dos evangélicos, propiciando a consolidação do protestantismo no país.

Elisete da Silva doutora em História Social, professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (BA) e autora da tese Cidadãos de outra pátria: anglicanos e batistas na Bahia (São Paulo, FFLCH-USP, 1998). Publicado na Revista Nossa História Edição 38.
FONTE:http://atendanarocha.blogspot.com/2010/09/surgimento-dos-protestantes-no-brasil.html#more

O voto consciente e o exercício da cidadania


Estamos próximos das eleições de âmbito nacional em 03 de outubro, e, cada vez mais tem-se a certeza de que o voto consciente é o melhor instrumento de exercício e fortalecimento da democracia no Brasil, onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes, que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram.
Isto é o que se chama de democracia representativa, ou seja, é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos, por meio de representantes eleitos.

Nessas eleições os cidadãos irão escolher novos representantes para administrar a nação brasileira, administrar os Estados, compondo a gestão do poder executivo e indicar senadores, deputados federais e estaduais para atuar no poder legislativo. Logo, teremos uma importante responsabilidade, escolhendo os nossos representantes para governar os interesses do Brasil e criar leis que produzam justiça social para todos.

Entretanto, algumas pessoas ainda não têm o conhecimento do papel a ser desempenhado pelo presidente da república, governador, senador, deputado federal e estadual, o que muitas vezes dificulta a escolha do candidato ou mesmo induz a erro. Daí ser importante entender as propostas apresentadas pelos candidatos e seus partidos políticos.

Nesste sentido devemos entender essa estrutura política nacional para o bom desempenho do exercício da nossa cidadania nestas eleições, que é o direito de ter direitos.

Senão vejamos:

O Congresso Nacional é uma instituição política que exerce o Poder Legislativo. É composto pela Câmara dos Deputados (formada pelos 513 deputados federais) e pelo Senado Federal (formada pelos 81 senadores), sendo a sede em Brasília. Já nos Estados, temos as Assembléias Legislativas (formadas pelo deputados estaduais).

Os deputados e senadores dentre as suas diversas funções previstas na constituição federal destaca-se a de fiscalização dos atos do chefe do poder executivo e a de criar e alterar leis.

Deve-se ressaltar que os deputados são os representantes legítimos escolhidos pelo povo, através do voto, para em seu nome exercer o poder que lhe é conferido, por um mandato de 4 anos, não havendo limite para a reeleição.
Os senadores, escolhidos através do voto, representam os Estados e não o povo diretamente, sendo 3 (três) por cada Estado da Federação, sendo que a cada 4 (quatro) anos elege-se, alternativamente, 1 (um) ou 2 (dois) senadores por estado, e o mandato tem duração de 8 anos, não havendo limite para a reeleição.

O Poder Executivo, por sua vez, é uma instituição exercida pelo Presidente da República e o Governador, cabendo a ambos dirigir e coordenar as práticas das atividades administrativas do Estado com base no seu programa de governo, além de fazer com que as leis e decisões judiciais sejam cumpridas.

Assim, vemos como é importante para o País a escolha dos políticos que exercerão os cargos de gestores e legisladores do Brasil.

Fidelidade partidária

Nessas eleições de 3 de outubro 2010, existe um fato novo imposto pelo Tribunal Superior eleitoral — TSE, que é a figura da fidelidade partidária, inserida pela Resolução nº 22.733/2008, ao qual o candidato ao cargo político está vinculado obrigatoriamente aos programas e ideologias da sua agremiação partidária, ou seja, o candidato a senador ou deputado, por exemplo, está obrigado a votar segundo as idéias do seu programa partidário e o candidato a governador e presidente da república a dirigir o estado da mesma forma.

Dessa forma, a idéia popular de que as pessoas votam em candidatos e suas consciências não é mais verdade. Não votamos mais em Candidatos, mas sim em Partidos Políticos e coligações, por força desta Resolução eleitoral, ou seja, o mandato pertence ao partido e não ao candidato eleito, apresentado na lista partidária aberta.

Tal decisão do TSE torna esta eleição diferente de todas as demais que a população brasileira já opinou, pois obriga ao eleitor a uma tomada de consciência, em razão do mandato eletivo pertencer ao partido político e coligação e não ao “seu” candidato escolhido, o que significa dizer que deve-se levar em consideração as ideologias e programas do partido e coligação a que estão vinculados os seus candidatos.

Utilizo para melhor fixação o seguinte exemplo: sou um eleitor que defendo a vida desde a concepção, logo sou contra o aborto e a sua legalização ou descriminalização no Brasil. Verifico que um candidato tem esse perfil ideológico e escolho votar nele. Estando o candidato eleito e no exercício do seu mandato, o partido ao qual ele está filiado e vinculado programaticamente, impõe que ele vote de acordo com a determinação partidária, que neste exemplo é a favor da legalização do aborto. Se o parlamentar eleito não votar de acordo com o partido, ele poderá ser expulso da agremiação partidária por infidelidade, nos termos da Resolução do TSE, pois desrespeitou o programa partidário ao qual se filiou.

Em síntese: o parlamentar será expulso, perderá o seu mandato e a sua vaga será ocupada pelo seu suplente. Eu, eleitor que votei nele, por comungar com os mesmos valores e princípios, acabo por perder o meu representante.
Aqui mora o grande perigo dessas eleições nacionais e nova forma de votar, porque o eleitor deve estar atento em qual partido político o seu candidato preferido está filiado, verificar quais são as propostas e programas partidários desse partido ou coligação, verificar se tais propostas se identificam com o que você eleitor entende ser bom para o País e a sociedade em que vivemos.

Essa verdade ainda está oculta para muitas pessoas, pois repita-se, não votamos mais em Candidatos e a sua consciência pessoal, mas sim em partidos políticos e coligações, ou seja, o mandato pertence ao partido e não candidato eleito. Isso pode acontecer tanto em cargos majoritários (presidente, senador e governador) e cargos proporcionais (deputados, sejam federais ou estaduais).

No dia 3 de outubro de 2010, verifique em qual partido ou coligação o seu candidato a presidente da república, a senador, a governador, a deputado federal, a deputado estadual está filiado e veja se o programa partidário e ideológico desse partido está alinhado com o seu ponto de vista e o que você busca como melhor caminho para viver uma vida mais justa e saudável, pois se assim não o for, você poderá ser induzido a erro, escolhendo os candidatos por afinidade pessoal e não por ideologia partidária.

No caso de se votar em um parlamentar que busca a reeleição, analise o seu passado político, histórico de atuações e votações, se possui processos movidos contra a sua pessoa ou mandato, se promoveram justiça na sociedade.
Voto na legenda

Outro ponto importante para o exercício do voto consciente é saber que quando um eleitor vota na legenda do partido, ele está dando um cheque em branco para o partido e o seu programa ideológico, isto é, o voto vai para o partido e ajuda a eleger o candidato mais votado dessa lista partidária. Por isso, ao aplicar o voto na legenda de um partido, verifique se você concorda com a integralidade de suas propostas.

Votar consciente é construir um Brasil melhor.

Publicado no Jornal Chama da Aliança - CEI em setembro de 2010




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A noiva já pode beijar a noiva


A noiva já pode beijar a noiva

No Dia da Independência do Brasil, Anne Flores, de 31 anos, e Kédma Costa, de 33 anos, celebraram também a libertação delas. As duas se casaram numa cerimônia realizada nesta terça-feira, no Clube Monte Líbano, na Lagoa.

O evento foi promovido pela Igreja Cristã Contemporânea. A denominação evangélica é mais liberal e recebe fiéis da comunidade LGBT — sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Como a união de pessoas do mesmo sexo não é reconhecida legalmente no Brasil, as noivas assinaram um contrato de união homoafetiva.

Antes do casamento, um culto celebrou os quatro anos da igreja. Caravanas com fiéis vindas de Minas, São Paulo e do interior do Rio lotaram o clube. Anne e Kédma subiram ao palco durante o culto para cantar músicas religiosas.

As duas se conheceram numa igreja evangélica no Mato Grosso do Sul, onde nasceram, e chegaram até a igreja fundada pelos pastores Marcos Gladstone e Fábio Inácio, que também são casados. Segundo eles, já são pelo menos 800 fiéis nas quatro sedes Igreja Cristã Contemporânea: Campo Grande, Centro, Nova Iguaçu e Belo Horizonte.

Juntas há sete anos, Anne e Kédma dizem estar estudando juntas com o objetivo de se tornarem pastoras.

— Há um ano, os pastores Marcos e Fábio celebraram o casamento deles e fomos madrinhas. Não esperava casar tão rápido — disse Kédma.

As duas subiram ao altar vestidas de noiva e ao som da marcha nupcial. Anne comentou a importância da data:

— Estamos comemorando nossa comunhão com Deus e nossa aliança de amor.

I Co 6.9-10: "Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas,nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.

(preste atenção que a biblia diz: efeminados que signifiva no dicionario: Diz-se de homem ou rapaz que tem trejeitos femininos. = adamado, afeminado ou vice e versa como mulheres com jeito de homem.)

Fonte: Extra



Matéria extraída de uma ou mais obras literárias.
Este artigo é um trabalho compilado.

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Mensagem de Silmar Coelho - Sua vida pode ser Formidável -

Mensagem de Silmar Coelho - Sua vida pode ser Formidável - from Shalom TV on Vimeo.

A Chamada (Filme)

A Chamada from Shalom TV on Vimeo.

O Verdadeiro Tesouro (Filme)

O Verdadeiro Tesouro from Shalom TV on Vimeo.

Pistol (Filme)

Pistol from Shalom TV on Vimeo.

Para Sempre Vencedor(Filme)

Para Sempre Vencedor from Shalom TV on Vimeo.

A nossa liberdade por um fio

Graça e paz a todos do Rebanho do Senhor:

A nossa liberdade cristã está por um fio. Vivemos um momento ímpar em nossa sociedade. Vultos de ameaças à Fé em nossa nação ficam mais materializados do que nunca. A liberdade de expressão e o nosso jeito de acreditar na moralidade correm seriamente o risco de serem aniquilados pelo obtusado esquerdismo brasileiro. Nessa hora de fogo, os cristãos precisam prioritariamente votar em pessoas comprometidas com a ética e com a família. Partidos em defesa de valores anticristãos se levantam a cada dia. Ou votamos de acordo com a cosmovisão cristocêntrica ou nossa pátria cairá em um secularismo negativo e destrutivo.

Diante desse contesto sociológico, eu venho pedir aos nossos irmãos e internautas que pensem bem em quem votar.

Precisamos, acima de tudo, de uma igreja livre de preconceitos políticos. A história mostra que a Igreja já passou por muitas perseguições políticas. Homens inescrupulosos fizeram da igreja alvo de ódio e intolerância.

Penso que um cristão não pode votar em um partido que tenha fechado questão em favor do Aborto e da militância GLSBT. Precisamos tomar uma atitude de coragem e mudar os rumos dos fatos em nosso País.

Espero que você entenda o recado aqui dado. Convoco a todos a orarem e intercederem pelas nossas autoridades e por essa eleição. Volto a reiterar, precisamos ser livres para pregar a verdade bíblica no contexto social brasileiro. Se o Brasil ainda respira civilidade e alguma moralidade, deve-se isso aos valores cristãos que alavancaram o ocidente. Não podemos deixar que destruam isso.

Certo de que Deus está no controle de tudo.




Prof. João Flávio Martinez
É fundador do CACP, graduado em história e professor de religiões.

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Quem são as testemunhas de Jeová?


O Corpo Governante responde...

Com certeza dentre os milhares de grupo religiosos existentes, poucos conseguem ter o poder de manipular, montar, distorcer e forjar sofismas como a Sociedade Torre de vigia. Digo isso, pois tenho em mãos uma revista Despertai “fresquinha” de agosto de 2010, “esquecida” por alguma Testemunha de Jeová em uma sala na empresa em que trabalho. Com titulo bem curioso: “Quem são as testemunhas de Jeová?”. Em toda revista e feito uma apologia da torre de vigia para justificar as diversas criticas feitas por lideres religiosos em todo mundo, que inclusive a muito tempo, já desmascarou as diversas falsas profecias e hermenêutica duvidosa da Watchtower.

Além das tradicionais criticas acidas às demais religiões da “cristandade”, Judeus, Budistas e outros religiosos em geral, apresentam varias pessoas em todo mundo que testemunham que as testemunhas de Jeová são exemplos de pessoas honestas, trabalhadoras, bons pagadores de impostos, ótimos pais e educadores, são contra os vícios, organizadas em seus congressos, auxiliam pessoas de todos os tipos a vencerem seus traumas e medos através de orientações relacionados à saúde, cuidados físicos, etc.

Diante do texto da revista, quero refletir em alguns fatos que me chamaram a atenção:

1. Na pagina três da referida revista dizem que as pessoas que as criticam espalham “boatos tendenciosos” e citam Provérbios 14.15 na versão The New English Bible: “Um homem simples acredita em cada palavra que ouve; um homem inteligente entende a necessidade de ter provas”. Baseado nessa passagem pergunto: A Watchtower apresenta provas reais da maioria de suas afirmações? Por que a maioria das citações não tem referencias das declarações daquelas pessoas ou existência de determinados documentos? Por que diversas citações que foram examinadas já foram comprovadas como distorcidas ou arrancadas do contexto? Por que vários sites e livros apresentam varias afirmações das literaturas das Testemunhas de Jeová e até hoje elas não vieram a publico confessar os erros do corpo governante ou explicar onde esta o erro nestes “boatos tendenciosos”?

2. Nas paginas 6 e 7 vem uma seção de perguntas e respostas sobre a sociedade torre de vigia. Uma das perguntas foi: “As testemunhas de Jeová são protestantes, fundamentalistas ou uma seita?”, depois de afirmarem que são cristãs, condenam católicos, evangélicos e fundamentalistas por crerem na existência do inferno e imortalidade da alma, dizem: “Uma seita é um grupo divergente dentro de uma comunidade religiosa ou que se separa dela, formando outra religião. As testemunhas de Jeová não se separaram de nenhuma igreja. Não são uma seita”. Interessante como conceito de “seita” mudou, a tempos atrás era: "As crenças das Testemunhas de Jeová, baseadas inteiramente na Bíblia, impedem que se tornem uma seita ou um culto" Despertai! de 8 de outubro de 1997, página 10

“São as Testemunhas de Jeová uma seita? Os membros de seitas com freqüência se isolam da família, dos amigos e até da sociedade em geral. Dá-se isso com as Testemunhas de Jeová?” - A Sentinela de 15 de fevereiro de 1994

Sem querer ser prolixo, repetindo o que outros já disseram ou escreveram, as próprias citações da Torre de Vigia coloca essas afirmações em xeque:

Será que elas se isolam da família e dos amigos?

“Ainda há aqueles que pensam que podem permitir a si mesmos buscar associação com amigos ou familiares mundanos para entretenimento” (A Sentinela 15 de fevereiro de 1960 – em inglês)

Será que elas se isolam da sociedade?

“Não deve haver nenhuma parceria, nenhuma associação, nenhuma parte, nenhuma partilha com incrédulos. Por outras palavras, nenhuma associação com eles...” (ibdem)

Será que se isolam daqueles que não concordam com seu ponto de vista?

“Não queremos confraternizar com pecadores deliberados, porque não temos nada em comum com eles.” (A Sentinela 15 de Março de 1996)

São de cunho radical? As TJ’s odeiam aqueles que têm pontos de vista diferente e se apartaram da Organização? Como elas os tratam?

“nunca os receba em seu lar nem os cumprimente... Estas são palavras enfáticas, orientações claras.” (A Sentinela 15 de Março de 1986 pág.13)

Quanto a se basearem na bíblia, será que as atitudes acima são baseadas na bíblia?

“A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei.” – Rm 13.8
“Pois, se alguém pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo.” – Gl 6.3

Quanto à definição atual: “...não se separaram de uma igreja” é uma piada, pois eles saíram dos “Estudantes da Bíblia” (quem inclusive ensinam muita coisa diferente delas hoje) e as testemunhas de Jeová hoje ensinam muitas coisas diferentes do que Charles Taze Russell ensinava.

3. Por fim, nas paginas 8 e 9, na seção: “em que crêem as testemunhas de Jeová?” no tópico “Profecias Bíblicas” dizem: “Deus...não pode mentir (Tito 1:2) De fato, o que ele prediz sempre se cumpre, incluindo as profecias bíblicas sobre o fim do mundo atual (Isaias 55:11; Mateus 24.3-14) ...”

Concordo 100% com essa definição, pena que não é possível dizer a mesma coisa do Corpo Governante (líderes da STV) que marcou várias datas para o fim do mundo: 1914, 1918, 1925, 1975, 2001... E só Jeová sabe quando vai parar...

Isaque Tavares






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PT ameaça pastor Batista

PT ameaça o pastor Batista Paschoal Piragine Jr

Em dez dias, quase 400 mil pessoas já assistiram ao vídeo da mensagem do Pr. Paschoal Piragine Jr expondo os perigos de se votar no PT.




Tudo o que ele fez foi dizer o óbvio: O PT é um partido comprometido com o aborto e o homossexualismo. Quem duvidar disso olhe para o Governo Lula que passou seus oito anos lutando para impor o aborto e o homossexualismo no Brasil.

Revoltados e desesperados com o direito de livre expressão do Pr. Piragine, líderes do PT no Paraná, segundo reportagem da Rádio CBN do Paraná, querem processar o pastor. A reportagem completa em áudio está aqui: http://www.cbncuritiba.com.br/arquivo/download/1995-PastorPT-Marcio.wma

Acho que os cristãos no Brasil estão acovardados. Em nosso nariz, governistas do PT defendem descaradamente o aborto e o homossexualismo, e nenhum líder católico ou evangélico os ameaça de processo.

Pelo direito democrático, temos o direito de processá-los também, pois o Governo e seu séquito estão desrespeitando a maioria esmagadora da população brasileira, que não tem nenhuma obsessão de ver o aborto e a sodomia legalizados. Se há obsessão nesse sentido, é só entre os afiliados do PT (é só ver o plano de governo do partido).

Convido a todos os que lerem esta mensagem a apoiarem o direito de livre expressão do Pr. Paschoal Piragine e a processarem o governo pelo infame programa federal “Brasil Sem Homofobia” e outras iniciativas que desrespeitam o povo brasileiro.

É hora de agir!

Distribua amplamente esta mensagem aos seus amigos.

Nota do CACP
O CACP não é um instituto voltado a questões políticas, mas teológicas/apologéticas. Entretanto, questões legais estão sendo engendrado para calar os evangélicos, inclusive tirar sites como o CACP do ar. Por isso, nós evangélicos e cristãos, precisamos votar contras esse tipo de ideologia partidária.

Fonte: www.juliosevero.com
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John Piper - Faça Guerra

Uma mesquita próxima ao World Trade Center


Obama apoia controverso projeto de mesquita perto do Marco Zero em Nova York

O presidente Barack Obama apoiou nesta sexta-feira a construção de uma mesquita e de um centro cultural muçulmano perto do local onde ficava o World Trade Center, destruído por militantes muçulmanos no atentado de 11 de setembro de 2001. O projeto é criticado por conservadores americanos e vários nova-iorquinos.

"Como cidadão, e como presidente, eu acredito que os muçulmanos têm os mesmos direitos de praticar sua religião como qualquer outra pessoa nesse país", disse Obama em um evento para diplomatas de países islâmicos e membros da comunidade muçulmana nos EUA.

"Isso inclui o direito de construir um lugar de veneração e um centro comunitário em uma propriedade privada em Manhattan, de acordo com as leis e regulamentações locais", disse.

Al Qaeda também não é sinônimo de islamismo, disse Obama. "A causa da Al Qaeda não é o Islã --é uma distorção grosseira do Islã", disse. "Não há líderes religiosos --esses são terroristas que matam homens, mulheres e crianças inocentes."

No dia 3, um órgão da prefeitura de Nova York conseguiu abrir caminho para a construção do centro, que inclui uma sala de orações, a duas quadras do lugar dos ataques de 11 de Setembro, conhecidos como "Marco Zero".

Em um caso que provocou um debate nacional, uma comissão encarregada do patrimônio histórico municipal votou por unanimidade contra o tombamento de um edifício antigo que fica no local do futuro centro cultural islâmico.

Cerca de 2.750 pessoas foram mortas nos ataques perpetrados por militantes da rede terrorista Al Qaeda, que jogaram dois aviões de passageiros contra as torres gêmeas do World Trade Center, um evento que traumatizou os americanos e levou à invasão americana do Afeganistão e à "guerra ao terror" do governo de George W. Bush.

DESJEJUM

Com a discussão ficando mais acirrada, Obama decidiu hoje dar sua opinião. Ele falou durante um jantar de Iftar que ofereceu na Casa Branca. Iftar é a refeição noturna na qual os muçulmanos encerram seu jejum diário durante o mês sagrado do Ramadã.

Obama disse que a Primeira Emenda da Constituição dos EUA estabelece a liberdade religiosa "e esse direito tem sido mantido desde então".

"Aqui é os EUA e nosso comprometimento com a liberdade religiosa deve ser inabalável", disse Obama, que fez da melhoria dos laços entre os EUA e o mundo muçulmano uma pedra fundamental de sua política internacional.

CONTRA

Críticos dizem que a construção desse centro --que incluirá uma mesquita --será uma "traição" à memória das quase 3.000 vítimas do atentado de 2001, cometido por islâmicos da rede terrorista Al Qaeda com aviões sequestrados.

Esses críticos pretendiam impedir a obra ao tombar um edifício de 1857, em estilo italiano, com o argumento de que ele tinha sido atingido por peças de um dos aviões sequestrados.

Políticos conservadores, como a ex-candidata republicana à Vice-Presidência Sarah Palin e Newt Gingrich, ex-porta-voz dos republicanos na Câmara dos Representantes, também foram contra o projeto.

Mark Williams, porta-voz do conservador movimento político Tea Party, disse que o centro seria usado por "terroristas para venerar seu Deus macaco".

"O presidente Obama está errado", disse o republicano Peter King, de Nova York, nesta sexta-feira. "É insensível e desatencioso para a comunidade muçulmana construir uma mesquita na sombra do marco zero. Apesar de a comunidade muçulmana ter o direito de construir uma mesquita, eles estão abusando desse direito por, de forma desnecessária, ofender a tantas pessoas que sofreram tanto."

A FAVOR

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, apoiou firmemente o projeto, bem como várias organizações religiosas na cidade. Porém, 53% dos nova-iorquinos são contra, segundo uma pesquisa divulgada esta semana.

Os membros da comissão argumentaram que o edifício, que fica em uma zona comercial a cerca de uma quadra do terreno do World Trade Center, não tem valor histórico e pode ser demolido.

A chamada Casa Córdoba incluirá uma sala de orações e um auditório de 500 lugares, como parte de um complexo cultural islâmico de 13 andares.

"Somos gratos à Comissão do Patrimônio", disse Sharif El Gamal, presidente e executivo-chefe da Soho Properties, empresa dona do atual edifício. "Foi um turbilhão nos últimos quatro meses, durante os quais trabalhamos incessantemente para realizar um sonho americano do qual tantos outros compartilham."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br



Matéria extraída de uma ou mais obras literárias.
Este artigo é um trabalho compilado.

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