Blog

A Importância do Orçamento


por Luciano P. Subirá

Nosso testemunho e conduta pesam bastante no conceito que as pessoas terão de nós, especialmente os não crentes. Portanto, a fim de honrar ao Senhor precisamos saber viver a integridade, a boa mordomia e também a lidar com as dívidas.

Muitos de nós não conseguimos saber quanto gastamos e apenas vamos gastando... Entramos no cheque especial, no limite do cartão de crédito, tomamos emprestado, e vivemos pagando juros e endividados. É comum nos aventurarmos em empreitadas com as quais não poderemos arcar. São tantas as histórias de gente que perdeu o carro ou o apartamento porque não conseguiu continuar pagando as prestações assumidas!

Mas quando falamos de honrar ao Senhor com nossos bens, percebemos que as verdadeiras perdas não são nossos bens e dinheiro (embora estas sejam desperdício) e sim o mau testemunho gerado pela falta de pagamento. Portanto, ter um orçamento pessoal e familiar ajuda em muito a evitar uma má administração financeira que certamente terá um conseqüente mau testemunho.

O orçamento é a sua programação (e conseqüente administração) financeira. Seja no planejamento mensal das contas ou no planejamento da aquisição de um bem específico, devemos fazer o orçamento. O Senhor Jesus, falando de um princípio espiritual, de gente que queria seguí-lo sem saber o quanto isto custava em termos de renúncia, pronunciou uma parábola acerca da necessidade de orçamento, de planejamento financeiro:

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar”. - Lucas 14:28-30

A fim de ilustrar uma verdade espiritual, Jesus se refere ao orçamento de um empreendimento como sendo a coisa mais natural e lógica que qualquer um faria. Se quisermos honrar ao Senhor na vida financeira, teremos que gastar de forma regrada e programada.

Fazer o orçamento é algo simples: você calcula a sua entrada total (os salários da família e qualquer outro rendimento) e começa a deduzir delas as suas despesas fixas: começando pelo dízimo, depois o aluguel (ou prestação da casa), contas como: água, luz, telefone, condomínio, despesas de transporte (ônibus ou a gasolina do carro + manutenção), convênio médico, supermercado, roupas, estudos, etc.

Você ainda deveria ter uma margem de “sobra” para eventuais despesas não programadas, como farmácia, conserto do carro ou de algum aparelho doméstico.

Se suas despesas são maiores que o seu ganho, você vai ter que cortar algumas delas. Talvez tenha que mudar seu padrão de vida, seja em relação à casa onde mora, o carro que possui, os gastos supérfluos nas áreas menos necessárias (como gastar em restaurante), as coisas que você consome, etc. Senão, sempre haverá um saldo negativo que você terá que tomar emprestado para cobrir o rombo. Com o acumulo dos empréstimos, mais os juros, sua dívida vai se tornando uma “bola de neve” sempre crescente.

Quando vivemos de forma desordenada em nossas finanças, escandalizamos pessoas e damos oportunidade para que falem mal do Evangelho. Mas somos instruídos pelo Senhor a agir de forma oposta a esta:

“Tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.
Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus”. - I Pedro 2:12,15,16

Em vez de permitir que falem mal de nós, devemos tapar a boca dos que querem nos difamar. E a melhor forma de fazer isto é com nossa integridade. Porém, infelizmente, muitos crentes têm sido uma oportunidade para aqueles que querem falar mal da fé, especialmente por sua falta de testemunho nas finanças...

Por que isto acontece tanto?

Como pastor, tenho percebido em muitas e muitas horas de aconselhamento com gente de vida financeira arrebentada, que na maioria das vezes não houve a intenção de se lesar ninguém pela inadimplência ou calote, mas pura falta de controle. Este tipo de mau testemunho acontece não só por dolo e maldade, e sim porque não temos o hábito de trabalhar com orçamentos. O que gera descontrole, que por sua vez gera dívidas maiores que os ganhos e, com os juros aumentando o rombo, leva à bancarrota. E isto não remove a culpa nem o mau testemunho, só desgasta o que pensamos sobre as intenções da pessoa.

A melhor forma, portanto, de manter suas finanças em ordem é pelo controle. E como nossa mente não dá conta de lembrar de tudo, o bom é que este controle vá para o papel e seja constantemente atualizado. Se você trabalha com cheques pré-datados ou outra forma de compra à crédito (como cartões de crédito, por exemplo), deve computar estes gastos em seu orçamento antes mesmo que chegue o dia do pagamento.

Organize-se. Controle suas entradas e saídas. Além de proteger suas finanças, você ainda manterá o bom testemunho. Que o Senhor te ajude!

[Extraído do livro "Honrando ao Senhor com Nossos Bens" (págs.47 a 50), de autoria do Pr.Luciano Subirá]




Autor: Luciano P. Subirá
www.orvalho.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário