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O trabalho evangelístico no Timor Leste


O trabalho evangelístico no Timor Leste: um breve relato!

A paz do Senhor Jesus a todos vocês!

Meu nome é KLEBER NOBRE BELO. Nasci em 03/05/1974, em Porto Velho-RO. Minha conversão se deu no ano de 1996, na Igreja Batista de Porto Velho, logo mudei-me para a Assembléia de Deus e comecei a trabalhar na obra missionária no interior de Manaus-AM, em um municipio chamado Caapiranga. Depois de ter sido separado para o ministério, fui designado missionário pela Igreja Assembléia de Deus de Manaus para atuar na obra missionária no pequeno país asiático chamado Timor Leste. Sou casado com a missionária Aneis Amorin Belo, e chegamos em Timor Leste no dia 15 de setembro de 2007.

Chegamos em um tempo bastante delicado no Timor, época quando o país tinha acabado de sair de um conflito politico em 2006, onde muitas pessoas perderam a vida.

Desde esta data então, trabalhei como pastor Local em Maliana, (sub-distrito de Bobonaro). Explicação: O Timor é dividido em 13 distritos e cada um deles em sub-districtos. Bobonaro é um distrito localizado na fronteira com a Indonésia e um dos maiores e mais importantes do país.

Nosso trabalho iniciou com a a evangelização e ação social.

O Timor Leste tem como estatística religiosa, “95% de católicos”. Isso se deu pelo fato de a Indonésia ter pressionado o povo, que era na maioria animista, a terem uma religião, que estivesse mais próxima, querendo que o povo se tornasse islâmico.

Sabendo da intenção do regime indonésio que os dominava, o povo abraçou o catolicismo que na época era praticado por 3% do povo. Desde então, a igreja Católica se tornou uma grande aliada do governo no processo da independência, sendo que eles também tem exercido um belo trabalho social para as comunidades locais na area da educação e saúde tendo como apoio o governo local.

Apesar do povo, na sua maioria, se nominar católico, nunca deixaram suas práticas animistas e são a minoria os que frequentam a igreja. É ai onde concentramos nosso trabalho de evangelização, no intuito de ensinar a palavra de Deus, bem como também ajudá-los na área social, mais é ai, também, onde começam as perseguições religiosas, que apesar de ser um país democrático, “quem reina não aceita dividir o trono”. O ministério que represento no Timor Leste (Igreja Visão Cristã) no Timor Leste) já construiu várias igrejas no Timor, mais sempre debaixo de muita pressão , ameaças e violência.

No dia doze de julho de 2009, domingo, haviamos acabado de fazer uma oração para darmos inicio ao nosso culto em um dos pontos de pregação, localizado no Suco Ritabou (uma espécie de bairro). Enquanto estávamos ali fazendo a obra do Senhor, o lugar foi invadido por pessoas que mais pareciam marginais que, arrombando a porta com uma barra de ferro, começaram a espancar-me, com o ferro, pau , socos e pontapés, por espaço de cinco minutos. Percebendo que o intuito era causar um dano maior em minha pessoa, consegui sair da casa para rua, onde cai, e eles continuaram a espancar-me, mais como já estava na vista de muita gente da comunidade, e um jovem intentava jogar uma enorme pedra sobre minha cabeça, o líder dos jovens da Igreja Católica Local (que havia planejado a ação, mais que não se envolveu no espancamento) ordenou que parassem, mas ainda assim alguns continuavam a desferir socos no meu rosto. Depois chegou o catequista com outros lideres da Igreja Católica e mesmo estando bastante machucado e sangrando, me rodearam e ameaçaram dizendo que se voltasse ali novamente para fazer cultos, iria ser muito pior.

Depois disso invadiram o terreno que havíamos comprado para construção da igreja , arrobaram o armazém e roubaram muito material, como cimento e zinco. Os irmãos timorenses, que estavam no local, receberam também alguns socos, e passaram a ser ameaçados todos os dias, tendo a casa apedrejada toda noite, ordenando-os a irem pedir perdão ao padre e voltar para igreja católica, mas ainda assim nenhum deles voltou atrás, permanecendo na fé.

Apesar de ter dado queixa na policia, e verem o estado que fiquei , e saberem quem eram os autores, ninguém foi preso e nem responderam pelo crime.

Imagens:

Havia acabado de chegar do hospital, no mesmo dia do acorrido, meus braços ficaram bem machucados por ter defendido alguns golpes de ferro que queriam desferir em minha cabeça, tive alguns cortes no rosto devido aos socos.




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