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QUEM MATOU ISABELLA?


Marcelo Gomes



Você já parou para pensar que vivemos num mundo onde adultos são capazes de jogar uma menina de cinco anos pela janela de um apartamento? Esta semana, pensei sobre isso. Que espécie de ser humano faz uma barbaridade destas com uma criança? O que leva uma pessoa a maltratar o indefeso e a assassinar um inocente? Moltmann, em seu livro “Quem é Jesus Cristo para nós, hoje”, pergunta: como pode um ser humano chegar ao ponto de torturar outro ser humano? São perguntas que questionam a natureza humana e sua potencialidade para o mal. Parece que não há limites para nossa capacidade de fazer o mal.



Pensei sobre qual seria a participação do diabo num caso dessa natureza. Não que deseje espiritualizar o assunto, mas refletir sobre os processos pelos quais nos expomos de tal modo, tão vulneráveis, que num determinado momento, um instante, fração de segundo, podemos ser invadidos e usados por aquela força maligna que a Bíblia desmascara e denomina “satanás”. Não há ódio maior que o dele em relação aos seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus. Sua astúcia e ardis não respeitam ocasião, idade, forças ou recursos. Seu único temor é o nome daquele que venceu suas artimanhas e humilhou publicamente suas intenções: Jesus Cristo. O diabo só teme a Jesus Cristo.



Não quero fazer parecer que culpo o demônio por uma ação de gente crescida e dona de si. Fico pensado que, por nossa própria culpa e decisões, abrimos portas de mágoa, rancor, indiferença, baixa autoestima e desafeto, pelas quais nosso inimigo não encontra dificuldades em passar. Vivemos distantes de Deus, arrogantes, insinceros, maldizentes; mergulhados em pecados, mentiras, conflitos e vinganças; céticos, incrédulos, aprisionados por medos e frustrações de toda ordem... Será que, em meio ao caos de nossa existência rebelde e egocêntrica, pode haver um exato instante no qual ficamos vulneráveis a uma possessão que nos leve a praticar o absurdo?



A pequena Isabella foi vítima de alguém que, após estrangulá-la, lançou-a da janela do sexto andar. Não foi morta apenas pela força de alguém, mas pelo ódio de alguém. Somem-se ao ódio o cansaço, a desilusão, a inveja, os ciúmes, os complexos de inferioridade, as revoltas com a própria vida, a irritabilidade, a ferocidade, a animosidade, e temos a tragédia irrevogável. A pessoa comete a atrocidade e, quando volta a si, apercebendo-se do que pratica, vê que já está feito. Onde esteve sua consciência no momento em que agia como um animal irracional? Com quem esteve? Se não com Jesus, na companhia de Seu Santo Espírito, controlado pelas forças do amor e da fé, com quem?



Nosso mundo precisa de Jesus, sem o qual permanecerá sob o domínio do Maligno. Quem tem Jesus não precisa temer o diabo, pois maior é o que está em nós que o que está no mundo. Quem não tem Jesus...

http://www.espacopalavra.com.br/artigo_quem_matou_isabela.htm

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